Favelas do Rio têm mais mortes por Covid-19 que outros países do mundo

Comunidades apresentam mais óbitos pelo novo coronavírus que estados do Brasil e países do mundo
Foto: Renato Moura / Voz das Comunidades
Foto: Renato Moura / Voz das Comunidades

Os casos de Covid-19 crescem a cada dia no mundo, no Brasil e nas favelas do Rio de Janeiro. As 25 comunidades monitoradas pelo Voz das Comunidades, apresentam maior número de óbitos por Covid-19 que em diferentes estados do Brasil e países do mundo.

De acordo com o Painel Covid-19 nas Favelas, são 644 mortes pelo novo coronavírus em 25 favelas do Rio. O número ultrapassa estados como Mato Grosso do Sul com 509 óbitos, Amapá com 602, Tocantins com 547, Roraima com 547 e Acre com 561 mortos por Covid-19. Só no estado do Rio de Janeiro, são 178.850 casos confirmados e 14.080 mortes. 

Os números também assustam quando comparados a outros países. As favelas monitoradas apresentam mais mortes por Covid-19 que Paraguai, Uruguai e Venezuela somados. O Complexo da Maré lidera o ranking do painel com 493 casos confirmados e 90 óbitos por Covid-19, com uma diferença de dois óbitos a mais que em todo o país de Cuba, com 88 mortes. Além disso, o total de 4.557 casos confirmados nessas favelas é maior que o número de casos em 105 diferentes países do mundo. 

Teste 3

Há sete meses atrás, foi diagnosticado o primeiro caso de Covid-19 no Brasil. Hoje, são mais de 3 milhões de casos confirmados no país que já ultrapassou a marca de 100 mil mortos. Em média, são registrados mil mortes por dia. O Brasil é o segundo país com maior número de casos e óbitos pelo novo coronavírus, atrás apenas dos Estados Unidos, com mais de 162 mil óbitos e mais de 5 milhões de casos confirmados.

Apesar da flexibilização social ainda não há cura para a Covid-19, o vírus está circulando e os cuidados básicos são necessários. Portanto, vale ressaltar que pandemia não acabou.

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EDITORIAS

PERFIL

Rene Silva

Fundou o jornal Voz das Comunidades no Complexo do Alemão aos 11 anos de idade, um dos maiores veículos de comunicação das favelas cariocas. Trabalhou como roteirista em “Malhação Conectados” em 2011, na novela Salve Jorge em 2012, um dos brasileiros importantes no carregamento da tocha olímpica de Londres 2012, e em 2013 foi consultor do programa Esquenta. Palestrou em Harvard em 2013, contando a experiência de usar o twitter como plataforma de comunicação entre a favela e o poder público. Recebeu o Prêmio Mundial da Juventude, na Índia. Recentemente, foi nomeado como 1 dos 100 negros mais influentes do mundo, pelo trabalho desenvolvido no Brasil, Forbes under 30 e carioca do ano 2020. Diretor e captador de recursos da ONG.

 

 

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