CoronaZAP: morador do Borel cria canal de comunicação para casos suspeitos

O Laboratório de Estudos do Borel lançou, no último sábado (16), o CoronaZAP, um canal de comunicação para registro de casos suspeitos ou confirmados de Covid-19 nas favelas da Tijuca. A ação surgiu porque o Painel Rio Covid-19, atualizado pela Prefeitura, não contabiliza nenhum caso confirmado nessas favelas. Entretanto, o bairro é o quarto com mais contaminações no Rio.

“O que mais estimulou a criação foi a falta de informações sobre casos de coronavírus no Borel. A gente vê o número de pessoas morrendo aumentando, temos casos confirmados com teste mas sem a notificação de ser no Borel. O coronaZAP serve para tentar driblar a falta de informações da Prefeitura. As pessoas precisam ver o que realmente está acontecendo. Isso interfere no modo que levam a situação de distanciamento e de aglomeração”, conta o jornalista Igor Soares.

Como funciona o CoronaZAP?

O objetivo do projeto não é prestar atendimento médico, mas identificar possíveis casos de Covid-19, baseados nos sintomas estabelecidos pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e Ministério da Saúde, e reivindicar a realização de testes nas favelas. Então, se algum morador teve ou tem algum sintoma gripal, seja leve (coriza, dor de garganta, perda de gosto ou de cheiro) ou grave (febre, tosse ou falta de ar), deve enviar uma mensagem no WhatsApp para o número (21) 986852496 e fornecer as informações necessárias. As informações vão para um banco de dados sigiloso e depois serão analisadas pela equipe do projeto.

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EDITORIAS

PERFIL

Rene Silva

Fundou o jornal Voz das Comunidades no Complexo do Alemão aos 11 anos de idade, um dos maiores veículos de comunicação das favelas cariocas. Trabalhou como roteirista em “Malhação Conectados” em 2011, na novela Salve Jorge em 2012, um dos brasileiros importantes no carregamento da tocha olímpica de Londres 2012, e em 2013 foi consultor do programa Esquenta. Palestrou em Harvard em 2013, contando a experiência de usar o twitter como plataforma de comunicação entre a favela e o poder público. Recebeu o Prêmio Mundial da Juventude, na Índia. Recentemente, foi nomeado como 1 dos 100 negros mais influentes do mundo, pelo trabalho desenvolvido no Brasil, Forbes under 30 e carioca do ano 2020. Diretor e captador de recursos da ONG.

 

 

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