Horário de verão. Férias. Aqueles mosquitos chatos já começaram a dar o ar da sua graça e eu fico me perguntando por que raios o filtro solar é tão caro. Tá calor e não consigo organizar as ideias. Acabou o caô, o verão chegou. Virou o ano. Já fazem umas seis sentenças e nenhuma tem conexão.
2017 chegou, meu camarada, e veio de com força.
Paz.
Teste 3
Na real esse ano começou no ano passado. Há quem diga que ele é, inclusive, um update de 2016. Uma versão nova, com menos bugs, mas com o sistema operacional meio antigo. Nada a Temer. O lance é que já fazem 18 dias que 2017 começou e já rolou um bocado de tragédia. Pra que vocês foram pedir pra 2016 acabar logo, gente? Foi a mesma coisa em 2015, 2014…
Acho que a pior parte da virada de ano é organizar os pensamentos nesse calorão. Não tem jeito, cumpádi: quem aproveitou a promoção do ventilador em novembro tá menos suado agora – mas o bafo quente é democrático e você, aí nesse seu ventilador de R$65, tá lendo esse texto pensando no próximo copo d’água.
Hidrate-se.
A minha sensação é que esse ano começou no ano passado. Quando a “Ponte para o futuro” caiu, a gente foi junto. Sério, o pessoal do Intercept mostrou o vídeo e tudo. Mas isso já não importa, pois não há bate-panela que faça o tempo voltar. O negócio agora é caminhar pra frente ou ir de ônibus. Mais caro. Sem ar-condicionado – claro.
Ê dois mil e dezessete gostoso esse. Eu sinto, sinceramente, que estou num de ja vu. Essa Crise nas Infinitas Terras que a gente se meteu colocou o Brasil em multiversos que eu já não consigo mais entender. É barraco na favela a preço de apartamento no asfalto. É pastor chutando santa (de novo). É treta gringa tipo Guerra Fria. É um monte de gente sem grana, mas oito caras têm a mesma grana que metade da população global. É mais do mesmo. Me sinto nos anos 90, só que com internet banda larga.
2017 não tá lá muito mec não.
A foto da chamada é da Larissa Eval. O cenário é Nova Iguaçu. Conheça o trabalho dela aqui: facebook.com/larisevalfotografia/