Além de empregar, o projeto também oferece curso de capacitação
O Viveiro de mudas do Morro do Adeus, que fica localizado Rua Pedro Avelino, torre 8 foi inaugurado em 2015 pelo ex-governador Luiz Fernando Pezão e pelo presidente da CEDAE, Jorge Briar, é um programa socioambiental desenvolvido pela CEDAE. O objetivo é desempenhar a ressocialização de apenados (pessoas que estão cumprindo pena) dando oportunidades de trabalho para que eles possam começar uma vida nova.
O programa Replantando Vida tem como objetivo renovar o Meio Ambiente e reabilitar vidas dentro e fora da comunidade. A mão de obra empregada no programa são de homens e mulheres que estão cumprindo pena e como qualquer outro trabalho, eles recebem salário, vale transporte transporte e alimentação. Outro atrativo é o benefício da redução diária a cada três dias trabalhados.
O projeto trabalha com apenados em regimes semiaberto, aberto, prisão domiciliar e liberdade condicional e os apenados trabalham no programa até ganharem sua liberdade. Alguns deles acabam sendo contratados por empresas parceiras, que conhecem o trabalho desenvolvido pelo programa.
Além de empregar os detentos, o projeto também oferece curso de capacitação para quem é designado a trabalhar na área ambiental, onde aprendem sobre os cuidados com as plantas e no dia a dia ganham experiências. No caso do viveiro do Morro no Adeus, a busca é empregar pessoas que residem nas comunidades do Complexo do Alemão ou proximidades.
A coleta de sementes, as produção de mudas o reflorestamento de nascentes e matas ciliares são serviços feitos pela CEDAE, que são encarregados pela administração do viveiro. “A maioria das pessoas que trabalham com a gente sai de manhã do presídio e retornam no começo da noite. Muitos dos empregadores fecham a portas por terem antecedentes criminais. É importante que eles tem essa oportunidade e a maioria aproveita muito bem” explicou o Engenheiro Florestal, Alan Henrique Marques de Abreu.
Um dos melhores funcionários era Maxoel, que faleceu após um acidente mas é lembrado pelos amigos de trabalho. “Ele representava e falava muito bem. Saia às 5h da manhã do presídio e ia trabalhar. Tinha amor em tudo o que fazia. Começou sua faculdade na PUC, e seu sonho era ser advogado. Voltou a conviver em sociedade, aguardou, ganhou sua liberdade e pôde ficar com sua família”. disse Danusia Tomaz Texeira, a administradora do viveiro.
A proposta do viveiro também foi de trazer lazer para os moradores. O espaço é capacitado para produzir 25 mil mudas por ano, tais como: Ipês, Aroeira, Pimenta, Pau Brasil, Jabuticaba, Goiabeira. Nenhuma delas são comercializadas. Todas são produzidas para doações e/ou fins ornamentais. Desejando adquiri-las é só fazer a solicitação com a Danusia Tomaz Teixeira, administradora do viveiro.