André Carvalho, 13 anos, estudante do 7° ano do ensino fundamental numa escola pública, pratica luta e surfe. Mas sua manha é outra. O jovem que divide os estudos com a profissão de DJ – conhecido como DJ Dezinho – iniciou a carreira aos 11 anos por acaso. Durante uma festa na comunidade, ficou observando o DJ e suas ações na mesa. Daí que nasceu a adoração pela mesa de DJ. Com um olhar curioso tratou logo de procurar ajuda para iniciar os primeiros passos.
“Comecei tocando com o DJ Ed, ele me deu algumas aulas no CDJ e me indicou programas de computador.”, conta André.
Por indicação, logo conheceu a Spin Rocinha – escola de DJs que oferece aulas gratuitas na Rocinha – que fornece uma aparelhagem de boa qualidade. Na escola, melhorou ainda mais suas experiências. E obteve oportunidades em festas, numa delas, em Vargem Grande, zona oeste do Rio de Janeiro.
Teste 3
“Em Vargem Grande tive a oportunidade de fazer perfomances para um público de 200 pessoas”, afirma André.
Ele jura tocar o que todos pedem e acumula fãs, além de cantadas e novas festas. “O pessoal gosta. Eu toco muitos ritmos, os próprios donos das festas me mandam uma espécie de pré-lista das músicas que não podem faltar na festa. As pessoas me pedem meu cartão e assim vou emendando festa atrás de festa.” justifica André.
E é no próprio quarto da casa onde mora com seus pais e um irmão, onde André treina em dias alternados.
Jovem empreendedor
Com o auxílio dos pais – que formam a equipe de suporte de André -, foi comprando os equipamentos aos poucos. Durante os últimos 3 anos como DJ, com o dinheiro ganho em festas, foi investindo seriamente em equipamentos como caixas de som, notebook e até mesmo um carro, que comprou com a ajuda do pai xará, que também se chama André, 37 anos.
Cícera, 38 anos, mãe de André (DJ), que trabalha como diarista, ajudou muito para que o filho progredisse ainda mais. “Larguei o último emprego para virar diarista. Como diarista, eu recebo por dia e conseguimos comprar os equipamentos rapidamente”, conta Cícera.
André afirma que toca em todo tipo de festa, mas a grande procura é por adulto. “Onde me chamarem estou indo”, conta, rindo. Segundo ele, o preço da festa é tabelado. O cachê na comunidade gira em torno de R$ 250,00 e para outros bairros cobra um cachê em torno de R$ 450,00 a R$ 500,00. E complementa, “Às vezes, pagam até mais porque somos menores, é diferente”, afirma o adolescente, que durante a entrevista, treinava alguns ‘scratch’ em seu pequeno quarto.
Inspiração e desejo
Apesar de ter tantos DJs na comunidade, alguns com vasta experiência, inspiração para André são os DJs Cabide e Dennis DJ. Perguntado sobre quais os desejos que pretende realizar na carreira de DJ, ele não titubeou. “Daqui a alguns anos, ou em pouco tempo, pretendo tocar em bailes e boates cariocas.” conta euforicamente.
Contato DJ Dezinho
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