Responsabilidade Afetiva #opiniao

Há algum tempo eu escrevi ao site Jusbrasil um texto sobre responsabilidade civil ao nascituro. Um tema polêmico, que nasceu da evolução do direito com o decorrer dos anos, principalmente com o advento do código civil de 2002. Ao promover uma faxina nos arquivos do meu computador, encontrei o artigo e lembrei-me do quão prazeroso foi seu feitio. Ao fixar na palavra responsabilidade, evoquei em minha mente uma conversa que tive com uma amiga sobre relacionamentos.

Vivemos a era do ultrafest, do ghosting, de relacionamentos líquidos e superficiais. Pessoas vêm e vão, como se o nosso destino fosse sempre ser mais alguém na vida do outro. E quando não são relacionamentos rasos, há certo desgaste em relacionamentos que foram duradouros, e hoje não mais subsistem. Não há uma responsabilidade nas atitudes que são feitas, ocasionando muita dor de cabeça para ambos os lados.

Esse é o ponto xis desse texto: responsabilidade. Ninguém passa na vida do outro por acaso. São escolhas. Um autor norte-americano (Não me recordo o nome) disse certa vez que a tragédia da vida grega devia-se aos deuses que controlavam as vidas dos terrestres. Na vida moderna, a tragédia reside no livre arbítrio. Discordo. Não há tragédia no livre arbítrio. Somos livres para escolher o que quisermos, especialmente no âmbito de relacionamentos. Mas necessário se faz uma responsabilidade por trás dessas escolhas. Se for para se envolver, seja responsável. O mundo está saturado de pessoas que aparecem e somem do nada.

Teste 3

Responsabilidade. Confesso que fui responsável ao ouvir minha amiga. Seu relacionamento de uma semana foi bastante envolvente e igualmente decadente. Gostaria muito que seu ex-lover lesse esse artigo. Mas acho que ler não é sua praia…

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EDITORIAS

PERFIL

Rene Silva

Fundou o jornal Voz das Comunidades no Complexo do Alemão aos 11 anos de idade, um dos maiores veículos de comunicação das favelas cariocas. Trabalhou como roteirista em “Malhação Conectados” em 2011, na novela Salve Jorge em 2012, um dos brasileiros importantes no carregamento da tocha olímpica de Londres 2012, e em 2013 foi consultor do programa Esquenta. Palestrou em Harvard em 2013, contando a experiência de usar o twitter como plataforma de comunicação entre a favela e o poder público. Recebeu o Prêmio Mundial da Juventude, na Índia. Recentemente, foi nomeado como 1 dos 100 negros mais influentes do mundo, pelo trabalho desenvolvido no Brasil, Forbes under 30 e carioca do ano 2020. Diretor e captador de recursos da ONG.

 

 

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