A atração será a nova temática do festival e promete unir a diversidade das comunidades, ativar a economia criativa, gerando trabalho e renda para empreendedores das comunidades
O Espaço Favela vai retratar a grandiosidade cultural das comunidades do Rio, com o objetivo de amplificar o olhar sobre as favelas. O palco, que contará com uma cenografia bem colorida e lúdica, trará a reunião de talentos da música e em seu entorno haverá exemplos da culinária presente nas periferias.
“O Espaço Favela vai trazer o olhar para as comunidades, vai retratar a alegria de seus moradores. Pessoas do bem que trabalham e buscam melhores oportunidades e condições de vida. A ideia vai além de ser apenas uma apresentação no Rock in Rio, queremos iniciar um movimento que traga esperança e oportunidades para quem vive nas comunidades”, conta o presidente do festival, Roberto Medina.
Durante uma coletiva de imprensa, realizada da tarde desta quarta-feira (25), foram apresentados detalhes sobre a próxima edição do Rock in Rio, que está marcada para o segundo semestre de 2019. O maior festival de música e entretenimento do mundo tem a iniciativa de evidenciar novos talentos e para isso, conta com parceiros como: Sebrae, Viva Rio e CUFA (Central Única das Favelas). A expectativa é alcançar 10 mil empreendedores, pequenos negócios e profissionais nas regiões selecionadas.
Teste 3
O curador artístico do Espaço Favela, Zé Ricardo, explicou que no palco haverá uma seleção do que há de melhor nas favelas cariocas, valorizando suas diversas manifestações culturais. Serão selecionados artistas dos mais variados gêneros e estilos. Além do cachê, os artistas terão também todos seus custos logísticos cobertos, assim como qualquer orientação necessária para deixar o show ainda melhor.
“Aqui não teremos assistencialismo. Queremos evidenciar o que é bom nas comunidades, não falta gente com conteúdo relevante para somar na cena artística do festival. A ideia é potencializar e mostrar os talentos que estão dentro das comunidades”, relata Zé Ricardo. Lembrando que nessa primeira edição serão contempladas as comunidades do Rio de Janeiro, mas que a expectativa é expandir para todo o Brasil.
O grupo Cultural Nós do Morro contribuirá e já está trabalhando para um espetáculo de dança exclusivo para o espaço. Além da parte artística, o palco também vai ser um ambiente para impulsionar os negócios de microempreendedores, a partir do investimento nos talentos da gastronomia das comunidades.
“A comunidade é um berço criativo incrível, ela é do funk, do pop, do rock, é do ballet. Então quero trazer isso, quero colocar luz nas favelas e ampliar esse debate. A música tem um poder de união fantástico, ela reúne pessoas, emocionada pessoas e através da emoção que mudamos a situação que estamos vivendo. Então pra mim, esse palco, vai ser ‘o palco'”, afirma Roberto Medina.