OPINIÃO | Parem de nos matar!

Marielle Franco cria da Maré, Anderson Gomes, Maria Lúcia, José Roberto e Benjamin da Silva, moradores do Complexo do Alemão. Em menos de uma semana, cinco vidas foram brutalmente interrompidas decorrente a violência no Rio de Janeiro. Cinco vidas negras e periféricas, que reforçam as estatísticas de pesquisas da UNESCO, que afirmam que: “ser negro no Brasil é ter mais que o dobro de chances de ser assassinado” e “cerca de 77% dos jovens assassinados no Brasil são negros”. Mediante a indiferença do estado e da mídia essas mortes seguem sendo banalizadas.

O cenário hoje na cidade do Rio é de opressão e medo. Andamos na contramão em meio a intervenção militar, que de nada beneficia a população, apenas segrega e oprime. A necessidade da assistência do estado na área da segurança pública é urgente.

Marielle era ativista e voz ativa em prol das comunidades, Benjamin tinha apenas 1 ano de idade, ambos tiveram o direito de viver interrompido. Vidas periféricas IMPORTAM! Não vão nos calar.

Teste 3

Enquanto o estado negligencia essas mortes, as favelas vivem sangrando e implorando por paz. Marielle, Anderson, Maria Lúcia, Benjamin e Roberto, PRESENTES!

Texto: Julia Paresque | Foto: Renato Moura

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EDITORIAS

PERFIL

Rene Silva

Fundou o jornal Voz das Comunidades no Complexo do Alemão aos 11 anos de idade, um dos maiores veículos de comunicação das favelas cariocas. Trabalhou como roteirista em “Malhação Conectados” em 2011, na novela Salve Jorge em 2012, um dos brasileiros importantes no carregamento da tocha olímpica de Londres 2012, e em 2013 foi consultor do programa Esquenta. Palestrou em Harvard em 2013, contando a experiência de usar o twitter como plataforma de comunicação entre a favela e o poder público. Recebeu o Prêmio Mundial da Juventude, na Índia. Recentemente, foi nomeado como 1 dos 100 negros mais influentes do mundo, pelo trabalho desenvolvido no Brasil, Forbes under 30 e carioca do ano 2020. Diretor e captador de recursos da ONG.

 

 

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