Dentre outros temas, o documentário detalha como a humanidade tem enxergado as divisões sociais
No dia 18 de abril, aconteceu a estreia do documentário “Frágil Equilíbrio” aqui no Brasil. O filme é guiado pelas falas, sempre assertivas, do ex-presidente uruguaio, Pepe Mujica. O mesmo que em 2015 esteve na Universidade do Estado do Rio de Janeiro discursando para milhares de estudantes.
Chegando à sala de exibição especialmente separada para a imprensa, fico na penúltima fileira, ao centro. O trabalho de produção de cerca de um ano e três meses foi apresentado em um pouco mais de uma hora um produto redondo, sensível e impactante.
O documentário se passa em diversos países, em três continentes, mas, muito embora nenhum se passe no Brasil, todos os temas se relacionam com as nossas vidas: consumo, a dor e angústia, os contrastes sociais e a pergunta “qual o sentido das nossas vidas?”.
Teste 3
O filme trouxe uma reflexão muito importante sobre autoconhecimento. Sobre territorialidade, sobre espaços e divisões sociais. “Somos seres políticos”, e como tais precisamos viver em conjunto. Um dos quotes do filme é “pobre não é quem não tem dinheiro, e sim, quem não tem uma comunidade”.
Comecei a viajar no meio da exibição em como somos o resultado de todas as influencias que nos rodeiam, a junção das coisas que amamos e a média das atividades que fazemos com frequência. “Somos uma perspectiva”, segundo Mojica, essa é a chave para a felicidade. É um banho de otimismo, em meio a tanta desesperança, ouvir frases como “fracassado não é quem não vence, mas quem sai da disputa” é um balsamo.
Ao fim da exibição, ocorreu uma coletiva com os profissionais da imprensa. No encerramento, me senti tão impactado pela narrativa que fui cumprimentar os produtores pelo trabalho excepcional. O melhor é saber que a força do coletivo aconteceu também para a produção desta obra, financiada por crowdfunding e que recebeu diversos prêmios pelo mundo.
Sai da sala com a sensação de “preciso indicar esse documentário para todo mundo”. Bem, é isso que faço agora. Assista! O filme vai rodar por algumas cidades do país, mas já está no serviço “Vimeo On Demand”.