Opinião: Brasil, o país ao contrário

Muito se fala que o Brasil é o país da corrupção, da falta de honestidade, desde o nível mais alto da sociedade até o mais baixo. Furar fila, receber troco a mais e não devolver, achar um celular não procurar o dono, roubar milhões da Petrobrás enquanto não temos nem se quer hospitais dignos, enfim, honestidade realmente não ficou para todos. Mas e você, o que faz para mudar o país? Se acomoda com as mazelas impostas pela sociedade ou arregaça as mangas e diz “hoje eu vou ajudar pessoas, farei a diferença”, hum? Num país continental, tão rico e belo, a pobreza em que se encontra é difícil de entender. Óbvio, os governantes que temos não governam pro povo, e sim para eles, para as empresas, mas será só isso que nos falta na construção de um país mais justo e igualitário? A quantas anda nossa educação? Existe respeito? Um obrigado, um bom dia, um tudo bem, te ofende ao falar ou ao responder?

Com a internet, muitas classes estão exaltadas. O poder da rede é incrível, cria um ar de inclusão, mas o que muito se percebe, até facilmente, é que essas classes estão criando grupos distintos, se isolando, hora se revoltando, hora ameaçando, hora ofendendo. A democracia ficou em segundo plano. Hoje, na internet brasileira, não se pode discordar de nada nem ninguém, pois já abre um pressuposto para uma guerra virtual que em nada acrescenta na vida dos que discutem. Não seria mais racional levantar, desligar o PC e lutar de maneira real ao invés de trocar farpas diante do monitor? Enquanto muitos enricam Zuckerberg, pensando que estão mudando o Brasil com seus likes e comentários no facebook, os corruptos passam desapercebidos e nos destroem pouco a pouco. Tá mais do que provado, no Brasil, no mínimo 90% dos políticos não querem o bem da população, e não culpemos somente eles, afinal, temos nossa parcela de culpa, pois quem os coloca lá, somos nós.

Ainda assim, acredito no bem comum, no valor da ajuda e na força do respeito. Aliado a uma boa educação, nosso país tem totais condições de sair desse martírio, mas pra isso, temos de nos unir. Pode parecer um papo clichê, mas a hora da mudança é essa, todos juntos contra tudo de errado, meu estado, minha nação é mais importante, e me orgulho de nela viver e lutar pra que um dia, seja um lugar digno DE VERDADE.

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EDITORIAS

PERFIL

Rene Silva

Fundou o jornal Voz das Comunidades no Complexo do Alemão aos 11 anos de idade, um dos maiores veículos de comunicação das favelas cariocas. Trabalhou como roteirista em “Malhação Conectados” em 2011, na novela Salve Jorge em 2012, um dos brasileiros importantes no carregamento da tocha olímpica de Londres 2012, e em 2013 foi consultor do programa Esquenta. Palestrou em Harvard em 2013, contando a experiência de usar o twitter como plataforma de comunicação entre a favela e o poder público. Recebeu o Prêmio Mundial da Juventude, na Índia. Recentemente, foi nomeado como 1 dos 100 negros mais influentes do mundo, pelo trabalho desenvolvido no Brasil, Forbes under 30 e carioca do ano 2020. Diretor e captador de recursos da ONG.

 

 

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