O que fazer com R$ 54,25 por mês?

Valor do cartão alimentação não deve ser suficiente para suprir as necessidades de alimentação de uma criança durante um mês
Foto: reprodução da internet

De acordo com a prefeitura do Rio de Janeiro, estudantes da rede municipal de ensino receberão um cartão alimentação recarregável no valor de R$ 54,25 por mês. O intuito é dar alimentação aos alunos que ficaram sem merenda durante a suspensão das aulas por causa das medidas de isolamento social. Contudo, fica o questionamento: o que fazer com menos de 55 reais por mês?

Em meio à crise gerada pela pandemia do novo coronavírus, o preço médio dos alimentos nos supermercados da cidade subiu. O feijão teve alta de 75% nos dois primeiros meses da pandemia. Também houve aumento nos preços de outros produtos básicos, como macarrão, leite, óleo de soja e açúcar. Considerando que muitas famílias vivem em situação de vulnerabilidade social, o valor de R$ 54,25 não deve ser suficiente para suprir as necessidades de alimentação de uma criança durante um mês.

Entretanto, segundo a Defensoria Pública do Estado do Rio de Janeiro, “o valor de R$ 54,25 foi estabelecido com base em um estudo do Instituto de Nutrição Annes Dias e corresponde ao valor necessário para adquirir os gêneros alimentícios que os alunos consumiam na escola”. O acordo feito entre a prefeitura e Defensoria Pública é o desfecho da briga judicial que se transformou a alimentação dos estudantes e será acompanhado pelo Conselho de Alimentação Escolar.

Teste 3

A previsão da prefeitura do Rio é de que a partir da próxima segunda-feira (17) os cartões sejam entregues aos responsáveis dos alunos. A entrega será feita diretamente nas escolas, em dias e horários divulgados com antecedência para evitar aglomerações. As recargas estão previstas para ser no dia 10 de cada mês, enquanto durar a suspensão das aulas.

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EDITORIAS

PERFIL

Rene Silva

Fundou o jornal Voz das Comunidades no Complexo do Alemão aos 11 anos de idade, um dos maiores veículos de comunicação das favelas cariocas. Trabalhou como roteirista em “Malhação Conectados” em 2011, na novela Salve Jorge em 2012, um dos brasileiros importantes no carregamento da tocha olímpica de Londres 2012, e em 2013 foi consultor do programa Esquenta. Palestrou em Harvard em 2013, contando a experiência de usar o twitter como plataforma de comunicação entre a favela e o poder público. Recebeu o Prêmio Mundial da Juventude, na Índia. Recentemente, foi nomeado como 1 dos 100 negros mais influentes do mundo, pelo trabalho desenvolvido no Brasil, Forbes under 30 e carioca do ano 2020. Diretor e captador de recursos da ONG.

 

 

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