Movimentos sindicais percorrem Fernandes Lima em protesto e picham frente da SEE

(Crédito: Daniel Paulino/VozAL)
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(Crédito: Daniel Paulino/Voz-AL)

Daniel Paulino
Voz das Comunidades Alagoas 

Trabalhadores rurais de diversos movimentos sindicais que passaram a noite da última terça-feira (10), na sede da Eletrobrás Distribuição Alagoas, em Maceió, no bairro da Gruta de Lourdes, seguiram em caminhada em fila indiana pela Avenida Fernandes Lima até o Palácio do Governo, onde cobravam algumas ações do Governo Estadual.

Integrantes das coordenações dos Movimentos dos Trabalhadores Rurais – Sem Terra (MST), Pastoral da Terra, Movimento de Libertação dos Sem Terra (MLST) e o Movimento Terra e Liberdade (MTL) que integravam o ato se reuniram na manhã desta quarta-feira (11), com o corpo de diretores da Eletrobrás Distribuição Alagoas, para discutir a religação da energia elétrica nos assentamentos que ainda vivem a luz de candeeiro e até mesmo de vela.

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Após a reunião com a direção da empresa responsável pelo fornecimento de energia elétrica no estado, os movimentos sociais seguiram pela faixa esquerda da Avenida Fernandes Lima em direção à Secretaria de Estado da Educação (SEE), localizada no Complexo Educacional de Pesquisas Aplicadas (CEPA), no bairro do Farol.

Na frente da Secretaria de Educação, os integrantes dos movimentos sociais cobraram a construção de escolas nós assentamentos, escolas itinerantes e a contratação de professores para atender a demanda, além disso, os integrantes repudiaram a ação do Batalhão de Operações Policiais Especiais (BOPE) ocorrida no protesto realizado no último dia 27 de Fevereiro, quando os estudantes da rede pública estadual bloquearam a Fernandes Lima por mais de três horas.

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(Crédito: Daniel Paulino/VozAL)

O que mais chamou atenção de quem passava pela frente da Secretaria de Educação durante o ato, foi que integrantes do protesto picharam a parede principal e a porta com palavras de ordens e símbolos dos referidos movimentos.

Em seguida, os manifestantes foram mais uma vez pela Avenida Fernandes Lima em direção ao Palácio Republica dos Palmares, mais não chegaram a para em frente a sede do executivo para apresentar suas reivindicações. De lá, os manifestantes seguiram para frente do Tribunal de Justiça onde repudiaram algumas decisões judiciais de reintegração e posse de terrenos que serviam como acampamentos para integrantes do Movimento Sem Terra (MST). Por fim, os manifestantes seguiram em direção ao ponto final do protesto, a Praça Sinimbú.

De acordo com Marcos Antonio, coordenador do movimento Via do Trabalho, a jornada nacional de lutas, que se iniciou na semana do Dia Internacional da Mulher, tem intenção de cobrar das autoridades às obrigações que não vem sendo cumpridas como a Reforma Agrária, casas para os movimentos sociais, saúde, educação, segurança e assistência social.

Em contato com a assessoria de comunicação da Eletrobrás Distribuição Alagoas, a assessoria afirmou que nenhuma parte do patrimônio chegou a ser depredada ou pichada e que tudo esteve sob a devida normalidade.

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EDITORIAS

PERFIL

Rene Silva

Fundou o jornal Voz das Comunidades no Complexo do Alemão aos 11 anos de idade, um dos maiores veículos de comunicação das favelas cariocas. Trabalhou como roteirista em “Malhação Conectados” em 2011, na novela Salve Jorge em 2012, um dos brasileiros importantes no carregamento da tocha olímpica de Londres 2012, e em 2013 foi consultor do programa Esquenta. Palestrou em Harvard em 2013, contando a experiência de usar o twitter como plataforma de comunicação entre a favela e o poder público. Recebeu o Prêmio Mundial da Juventude, na Índia. Recentemente, foi nomeado como 1 dos 100 negros mais influentes do mundo, pelo trabalho desenvolvido no Brasil, Forbes under 30 e carioca do ano 2020. Diretor e captador de recursos da ONG.

 

 

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