Favelas cariocas terão Dia Estadual de Mobilização para enfrentamento à Covid-19

A data visa estimular ações que reflitam sobre os efeitos e impactos da Covid-19 nas favelas do Rio
Foto: (Ricardo Moraes/Reuters)

Foto: Reprodução

Nessa terça-feira (09) o projeto de lei de autoria da Deputada Estadual Monica Francisco foi aprovado na Alerj. A emenda inclui no calendário oficial do Rio de Janeiro o Dia estadual de mobilização para enfrentamento da Covid- 19 e seus impactos nas favelas e periferias”.

De acordo com o Comitê de Emergência da Organização Mundial de Saúde (OMS), os impactos da pandemia permanecerão por décadas e os efeitos diretos estarão presentes nos territórios até a universalização global das vacinas por aproximadamente entre 3 e 5 anos, ampliando as desigualdades sociais em contextos que historicamente vivenciam maior vulnerabilidade, como as favelas.

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O dia da mobilização será anualmente e foi confirmado para 10 de Fevereiro. Essa data tem como objetivo ampliar a participação social na vigilância em saúde de base territorial e promover a proteção social específica das favelas e periferias (promovendo ações integradas entre a Administração Pública, as Universidades Públicas, a sociedade civil e os Movimentos Sociais).

Após a aprovação da lei, a deputada Monica Francisco comentou a respeito. “A COVID-19 atingiu o povo brasileiro de maneira mais dura que na maior parte do mundo e a população fluminense é uma das que mais sofre. O desmonte de políticas públicas que gera o aumento do desemprego e da informalidade no mundo do trabalho, a elevação da inflação e o desmantelamento saúde, têm criado cada vez mais dificuldades para o trabalhador acessar direitos básicos como o acesso a água e ao saneamento”, comentou a deputada.

Mobilizações dos coletivos no dia D

Nesta quarta-feira (10), os coletivos e instituições por trás do Painel Unificador Covid-19 nas Favelas lançaram, junto ao Dia Estadual de Mobilização para Enfrentamento da COVID-19 nas Favelas do Rio de Janeiro, a campanha “Vacina Pra Favela Já!”. Ela tem por objetivo cobrar as autoridades a realizar de imediato ações que garantam acesso às vacinas prioritariamente nas favelas.

A Mobiliza Favela organizou diversas atividades de sensibilização contra a Covid-19 nas favelas do Rio, entre elas, na parte da manhã uma mesa on-line com lideranças comunitárias. Depois, uma volta na Cidade de Deus mobilizando os moradores. Já no horário da tarde, teve um grafitaço em Manguinhos e as 17h um ato-live “Luta e luto na pandemia: auto-organização popular no Amazonas e Rio de Janeiro. Por fim, às 21h, terá um tuitaço para mobilização do enfrentamento da Covid-19.

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EDITORIAS

PERFIL

Rene Silva

Fundou o jornal Voz das Comunidades no Complexo do Alemão aos 11 anos de idade, um dos maiores veículos de comunicação das favelas cariocas. Trabalhou como roteirista em “Malhação Conectados” em 2011, na novela Salve Jorge em 2012, um dos brasileiros importantes no carregamento da tocha olímpica de Londres 2012, e em 2013 foi consultor do programa Esquenta. Palestrou em Harvard em 2013, contando a experiência de usar o twitter como plataforma de comunicação entre a favela e o poder público. Recebeu o Prêmio Mundial da Juventude, na Índia. Recentemente, foi nomeado como 1 dos 100 negros mais influentes do mundo, pelo trabalho desenvolvido no Brasil, Forbes under 30 e carioca do ano 2020. Diretor e captador de recursos da ONG.

 

 

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