DJ Zullu, “a sensação do funk carioca” que está quebrando barreiras internacionais

Os vídeos de Zullu acumulam mais de seis milhões de visualizações



Os vídeos de Zullu acumulam mais de seis milhões de visualizações

Autodidata, ele começou a se interessar por música quando um amigo virou DJ. Aos 11 anos, mostrou seus dons musicais pela primeira vez e já chamou atenção de quem trabalha na área. Ruan de Oliveira Ferreira, o DJ Zullu, conta que apesar de ser um cara tímido, gostava de fazer bagunça na aula quando era moleque e sempre passava de ano na média. Questionado sobre aulas de músicas em alguma instituição de ensino, o jovem diz que aprendeu tudo sozinho e nunca teve aulas de música no seu currículo.

“Eu não era aquele aluno que tirava 10 não, sabe, eu era o aluno que ficava na média entre 7 e 8. Gostava de fazer muita bagunça, confesso rs. Engraçado que apesar de ser tímido, eu era bem popular na escola. Não tive aula de música nem na escola e nem em nenhum outro lugar… Tudo o que aprendi foi fuçando mesmo”

Aos 20 anos, o morador de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense faz parte de uma família bem tranquila e vive com os pais e seu irmão Ronaldo, que hoje é seu empresário, mas foi aos 13 anos que o DJ iniciou seus primeiros passos na carreira, quando passou a ajudar o Mc Roba a Cena em seu estúdio na produção de funkeiros já conhecidos. Alguns anos depois, teve a primeira oportunidade de tocar como DJ em bailes pequenos da região.

Teste 3

Sua performance diferenciada nos palcos atraiu os olhares de muita gente e logo um amigo do DJ conseguiu viralizar na internet uma das melhores performance de Zullu, chamando atenção de famosos, como os jogadores Vinícius Jr e Lucas Paquetá. Com a popularidade em alta e o 150 bpm tocando tanto no morro quanto no asfalto, o carioca passou a fazer em média 40 shows por mês e não demorou muito para que o músico fosse convidado a se apresentar em um dos festivais mais comentados do mundo.

Foi em junho do ano passado que Zullu tirou onda no palco principal do Rock in Rio, onde dividiu o palco com a cantora Anitta. Com a nova parceira, o músico gravou sua primeira composição e produção autoral, a música “Eu Não Vou Embora”, que também conta com a participação do MC G15 e ficou entre as 50 virais do país no Spotify, com mais de 5 milhões de streamings.

“A primeira vez que toquei do lado da Anitta foi no aniversário dela. O Biel Maciel que trabalha comigo é amigo dela e me levou pra tocar de surpresa pra ela. E aí ela super curtiu o meu som. Tive diversas sensações. Fiquei emocionado, feliz, alegre, nervoso, fiquei mais motivado no meu trabalho, sabe? Porque ela já conquistou muitos horizontes e só dela ter curtido meu trabalho e ter aprovado já foi muito importante pra mim. O feat abriu muitas, muitas portas… E essas coisas aumentaram muito a minha demanda de shows e mudou minha carreira. Devo muito a generosidade da Anitta.”

Repetindo as dobradinhas, o single Mulher do Vidigal, que conta com a participação da MC Nayanne, outra composição autoral do DJ, foi lançado em fevereiro deste ano e já é sucesso em todo o país e até fora do Brasil. Sua mais recente façanha foi com o mc Kevin e Chris. Juntos, eles escreveram e produziram “Pitbullzado, Loracho, Bradock”, que viralizou na web assim que foi lançada..

Na última semana, o artista que é considerado “a sensação do funk carioca” se apresentou em Paris. “Mandou logo um france e soltou o batidão nervous”, comentou um dos seus seguidores no instagram, onde compartilha seu trabalho para quase meio milhão de seguidores.

“O que eu espero é realizar o sonho que tenho agora. Essa é uma meta que inclusive tracei na virada desse ano depois de conquistar várias coisas legais. Antes de eu ter conhecido a Anitta eu só sonhava em rodar o Brasil e ela expandiu meus horizontes, então minha meta, o meu sonho, é levar o funk carioca, o funk 150 bpm pro mundo todo. Fazer esse funk conhecido para os gringos assim como a gente escuta os sons de lá também”

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EDITORIAS

PERFIL

Rene Silva

Fundou o jornal Voz das Comunidades no Complexo do Alemão aos 11 anos de idade, um dos maiores veículos de comunicação das favelas cariocas. Trabalhou como roteirista em “Malhação Conectados” em 2011, na novela Salve Jorge em 2012, um dos brasileiros importantes no carregamento da tocha olímpica de Londres 2012, e em 2013 foi consultor do programa Esquenta. Palestrou em Harvard em 2013, contando a experiência de usar o twitter como plataforma de comunicação entre a favela e o poder público. Recebeu o Prêmio Mundial da Juventude, na Índia. Recentemente, foi nomeado como 1 dos 100 negros mais influentes do mundo, pelo trabalho desenvolvido no Brasil, Forbes under 30 e carioca do ano 2020. Diretor e captador de recursos da ONG.

 

 

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