Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) divulga pesquisa que registra que no mês de agosto cerca de 4,25 milhões de domicílios brasileiros sobreviveram apenas com a renda do auxílio emergencial de R$ 600, pago pelo governo federal após mobilização de parlamentares e movimentos sociais.
Desde o início do auxilio emergencial, aprovado por lei em abril, muitas famílias tiveram que se adaptar ao valor para se manter durante o período de pandemia. Segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), foi enfatizada a relevância do auxílio emergencial para a sobrevivência de brasileiros mais pobres, que tiveram alta de mais de 2000% na renda com o benefício.
Já o IPEA afirma que cerca de 4,25 milhões de domicílios brasileiros sobreviveram em agosto apenas com a renda do auxílio emergencial de R$ 600. A ajuda financeira também foi suficiente para superar em 41% a perda da massa salarial entre as pessoas que permaneceram ocupadas. Entre os domicílios mais pobres, os rendimentos atingiram 132% do que seriam com as rendas habituais no mês.
Teste 3
Esses dois dados revelam o quanto foi importante o auxílio na vida de muitos brasileiros, que agora terão que se readaptar com um novo valor. Já foi aprovada a prorrogação das parcelas, mas com um valor bem inferior: R$ 300,00. E mesmo assim não é garantido que todos vão receber, já que só 56% dos aprovados fora do Bolsa Família devem ter direito a todas as quatro parcelas de R$ 300.
Como o total de beneficiários elegíveis fora do Bolsa Família soma 48 milhões de pessoas, apenas 56,25% dos aprovados deverão receber mais quatro parcelas de R$ 300 ou R$ 600 (no caso de mães solo).
Pelas regras definidas para a prorrogação do auxílio, apenas trabalhadores que receberam em abril a primeira parcela de R$ 600, e que já terminaram de receber as cinco parcelas iniciais, terão direito a todas as quatro parcelas adicionais.