Desde que o Governo Federal anunciou o pagamento do auxílio emergencial, foi difícil entender como funcionaria. Todos teriam direito? Como esse dinheiro chegaria nas mãos das pessoas? Quantas parcelas são? O que acontece com quem teve o auxílio negado? Dá pra receber o auxílio e o FGTS? Vamos esclarecer o que acontecerá nos próximos dias.
Pedido Negado
O Ministério da Cidadania lançou há um mês uma ferramenta para permitir que cidadãos que tiveram o auxílio emergencial de R$ 600 negado indevidamente contestem o resultado sem precisarem entrar na Justiça. E aproximadamente 1,5 milhão de pessoas devem receber esse pagamento. Acontece que esse total de pessoas foram analisadas novamente pela DataPrev após terem feito a contestação. Após a validação, os dados serão atualizados no portal de consultas da DataPrev.
A Dataprev também informou que concluiu, na semana passada, o processamento dos últimos requerimentos feitos entre 17 de junho e 2 de julho nos canais da Caixa. As informações foram enviadas no dia 7 para homologação do Ministério da Cidadania.
Teste 3
Segundo a Caixa, cerca de 720 mil pessoas irão receber nesta quarta-feira, no primeiro ciclo, a sua primeira parcela do auxílio após serem aprovados pela DataPrev entre 17 de junho e 2 de julho. O banco estima ainda que cerca de 500 mil a 1 milhão de pessoas ainda podem ser aprovadas para receber o benefício, que no momento estão aguardando análise.
Novas parcelas do Auxílio emergencial
Para quem ainda não recebeu o auxílio o presidente da Caixa Econômica Federal (CEF), Pedro Guimarães, explicou, que os próximos pagamentos do auxílio emergencial serão divididos em ciclos em que o beneficiário sempre recebe pela data do mês do seu aniversário para simplificar o entendimento e a operação de pagamento. Ao todo serão mais quatro ciclos até que todos os aprovados recebam as cinco parcelas devidas.
E para quem já recebe o auxílio, o governo autorizou mais dois pagamentos, que seriam dividido em parcelas menores, mas o governo desistiu do fracionamento das parcelas. E o pagamento de cada parcela, portanto, será integral: R$ 600 (para a maioria dos trabalhadores) ou R$ 1.200 (para as mães chefes de família).
Começa hoje o calendário de pagamento dos beneficiários do Bolsa Família. O cronograma se estenderá até 31 de julho, com o saque liberado para um grupo por dia, de acordo com o final do Número de Identificação Social (NIS).
No caso dos que recebem o Bolsa Família, o dinheiro liberado agora é referente à quarta parcela do auxílio emergencial. As três primeiras já foram quitadas integralmente. A quinta e última cota será paga entre 18 e 31 de agosto.
E o FGTS ?
Além do auxílio, os cotistas do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço que fazem aniversário em janeiro poderão receber até R$ 1.045 do FGTS de contas ativas e inativas. Essas pessoas tiveram o dinheiro depositado numa conta digital em 29 de junho. No dia 25, já poderão fazer a retirada em espécie.
No entanto, A Caixa Econômica Federal suspendeu a liberação do saque emergencial de R$ 1.045 do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) para um grupo de trabalhadores que já deveria ter tido o dinheiro depositado em contas poupanças sociais digitais. Segundo o banco, os beneficiários estavam com cadastros pessoais incompletos, mas a instituição não informou o número de cotistas nesta situação.
Alguns trabalhadores devem completar informações como endereço, nome da mãe e data de nascimento, entre outras. A abertura da poupança digital só é possível após a atualização dos dados. O problema é que o banco não avisou sobre os erros no cadastro e não orientou previamente os trabalhadores sobre os procedimentos a serem adotados para a correção das informações.
A Caixa informou que o trabalhador pode verificar a situação de seu cadastro por meio do site do saque emergencial, do telefone 111, do aplicativo FGTS (disponível para sistemas Android e iOS) e do Site do FGTS. O trabalhador receberá uma mensagem informando se há necessidade de atualização do cadastro, que deve ser realizada pelo App FGTS, sem a necessidade de comparecer a uma agência. Com o cadastro atualizado, o crédito será programado.
Não se estresse
As filas das agências da Caixa tendem a se intensificar não somente pela sobreposição dos calendários de pagamentos dos benefícios sociais, mas também por conta dos problemas de acesso ao aplicativo Caixa Tem, que têm levado as pessoas a buscarem atendimento presencial.
Como num primeiro momento os trabalhadores podem apenas pagar contas e fazer compras com o Caixa Tem, o aplicativo nem sempre suporta a demanda. Cria-se, então, uma longa fila virtual de pessoas querendo usar o app.
Por isso, vá ao banco sem pressa, evite levar crianças, leve um lanche, uma garrafa de água e vá de mascaras. No app tente em horários alternados.