Trinta e três pecadores
A me eternizar de dores…
Veio primeiro, o segundo,
E o trigésimo terceiro…
Parecia não ter fim,
Era como o mundo inteiro,
Inteiramente em mim…
Já não mais sentia dor,
Vinha um após o outro,
Desabrochando a minha flor
E de pouco a pouco…
Vi minhas pétalas a cair…
Neste insano ir e vir
Minha força a se esvair
O meu grito a não sair
Minha esperança sumir
E meu coração…
Diminuir, diminuir…
Até quase se extinguir.
O que eu fiz meu Deus,
Para estar aqui?
Servida a esfomeados
Que na ceia da vingança
Me devoram aos bocados
Com a mais nojenta ânsia…
Trinta e três bestiais Criaturas
Que conforme as escrituras
Não serão bem vindos às alturas
E por muito tempo sofrerão
Pelo frio coração…
Ao redor das sepulturas…