Gabriel Paixão, 18 anos, cria da localidade Palmeiras, no Complexo do Alemão, é um talento daqueles raros de se encontrar. Apresentado ao instrumento com 10 anos de idade, no projeto Ação Social Pela Música, o violinista está fazendo uma campanha virtual para comprar seu violino.
Com 11 anos, começou a levar o violino emprestado pelo projeto para a rua junto com meu irmão, para tocar no teleférico das Palmeiras. Aos 14, participou do seu primeiro festival de música e decidiu ser um violinista profissional, começando a estudar de verdade. Já com 16 anos, fez a primeira viagem internacional, para Alemanha e Holanda, com a Camerata Jovem do Ação Social Pela Música, o projeto em que começou no violino. E aos 17, foi para os Estados Unidos. Hoje é um músico profissional e cheio de sonhos.
“Sempre digo que a arte nasce com a gente. Tanto que, na favela a galera dança bem, tem cantores, cantoras, etc. Eu vi o violino pela primeira vez com 10 anos através do meu irmão. Achei lindíssimo ver a professora Soraya tocando e quis tocar daquele jeito também. A partir daí eu só fui, tocando em casa, no teleférico das Palmeiras, no Centro… Na verdade, a paixão pela música sempre esteve comigo”, conta o artista.
Teste 3
Gabriel, que passou em primeiro lugar para a faculdade UNIRIO, explica sobre o desejo de adquirir o seu próprio instrumento, que custa um valor bem alto: “Estou fazendo a vaquinha virtual porque, ao passar para a faculdade e orquestras universitárias, senti a necessidade de um violino próprio e que, principalmente, tenha um nível que eu possa estudar bastante e continuar com ele por uns 8 anos. E um violino desses custa muito dinheiro, o que eu não estou perto de ter”. O violinista chegou a organizar um evento beneficente antes da pandemia, só que por conta da quarentena teve que adiar.
E na vida do Gabriel esse não é o único obstáculo. Ele fala sobre o olhar das pessoas quando ele diz sobre sua paixão pelo violino: “Me recordo de vezes que me perguntavam: Você é músico, não é? E eu sempre respondia: Sou! E a resposta: Que bom! Eu também gosto de rap. Ou quando chego em espaços criados para músicos, sinto olhares de irrelevância, como se não fosse um bom violinista”.
Mas o jovem violinista do Alemão, que tem o apoio da família, dos irmãos e amigos, não desanima e já enxerga além: “Eu ainda tenho nos meus planos, depois de ser um dos melhores violinistas, vir à favela e dar aulas de graça, criar ONGs e tals. Botar a criançada na música erudita!”
Para ajudar o Gabriel a comprar seu próprio violino, é só clicar no link: