Amanda Gama é moradora do Complexo da Maré e há um ano vem realizando trabalho social com pessoas em situação de rua. Mas por conta da pandemia do novo coronavírus, contou com ajuda de moradores da Maré para continuar ação.
Em 2019, Amanda criou o Projeto Ohana e no início arcou com os custos para conseguir realizar as distribuições de sopa a moradores de rua que ficam próximos das comunidades Parque União e Nova Holanda. Trabalhando como caixa de loja de roupas em shopping, ela acabou sendo uma das várias moradoras de favelas afetadas pelo fechamento parcial do comércio, com as medidas de isolamento social devido a pandemia da Covid-19, e começou a pedir doações pela favela da Maré para que pudesse continuar mantendo a iniciativa. Com a solidariedade dos moradores, mesmo em tempos muitos difíceis, foi possível ir além das sopas, e o projeto passou a distribuir quentinhas.
No primeiro mês de pandemia foram feitas 185 quentinhas. Já em junho, o projeto alcançou a marca de 500 quentinhas, com ajuda da comunidade, e ainda conseguiu se estender a entregar cestas básicas, roupas, água, suco e máscara para moradores de rua.
“Antes eu passava nas ruas e ficava pensando o quanto eles sofrem ali, e sempre quis ajudar de alguma forma só não sabia como, e quando tive a ideia pra mim foi maravilhoso. Cada vez que vou nas ruas ajudar eles, me sinto mais realizada e toda vez que chego em casa meu coração tá preenchido e eu sinto que cumpri minha tarefa. E a ajuda da comunidade foi uma coisa que eu não esperava, ainda mais no meio da pandemia achei que não iria conseguir nenhuma doação e do nada surgiu tanta coisa”. contou Amanda.
O nome Ohana vem da cultura havaiana e significa família. O ideal principal do projeto, segundo Amanda, é justamente esse, acolher as pessoas em situação de rua como se fossem a sua própria família. Ajude o Projeto Ohana a continuar realizando ações com moradores de rua entrando em contato pelo Instagram @projetohanaa.