Morador do Vidigal fala sobre desespero durante desmoronamento: “Eu só pensava: vou morrer, vou morrer!”

‘Foi terrível! Imagina você estar na cozinha e ser arremessado para o quarto?!”

Os danos causados pelas chuvas da última quarta-feira (06) ainda assolam quem vive no Vidigal. Mesmo dias após as chuvas, os moradores ainda relatam toda a dificuldade causada pelo temporal que deixou a cidade em estado de alerta. A equipe de jornalismo do Voz das Comunidades esteve no Vidigal e encontrou os moradores Felipe e Wellington que tiveram suas vidas interligadas pela chuva.

‘Foi terrível! Imagina você estar na cozinha e ser arremessado para o quarto. Eu só pensava: vou morrer, vou morrer! Algo como uma telha caiu e eu não conseguia sair, comecei a gritar e um vizinho me ajudou’, contou Felipe, que não sabia que após isso ainda salvaria a vida de um bebê de apenas três meses.

Mesmo após todo sufoco, Felipe ainda encontrou forças para ajudar os vizinhos e dessa forma conseguiu ajudar e prestar socorro ao filho de Wellington, o pequeno Bernardinho. ‘Quando eu cheguei aqui e recebi a notícia que meu filho estava no morro, eu desabei. As pessoas falavam que ele estava bem, mas quando vi a casa destruída, não teve como segurar’, relatou Wellington que agradeceu ao Felipe pela ajuda com seu filho.

Teste 3

Em meio aos escombros, a chuva e toda lama, os moradores do Vidigal encontraram na união toda força para recomeçar. ‘Tem essa parte do cenário de filme, essa calamidade, mas ao mesmo tempo se a gente andar pelo morro, todos estão se mobilizando, se ajudando’ lembrou Felipe.

Como doar
Doações estão sendo recebidas na Associação de Moradores, que fica localizada na Av. Pres. João Goulart / Vidigal.
Água, Roupa de cama, produtos de higiene pessoal e limpeza são itens de prioridade.

 

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EDITORIAS

PERFIL

Rene Silva

Fundou o jornal Voz das Comunidades no Complexo do Alemão aos 11 anos de idade, um dos maiores veículos de comunicação das favelas cariocas. Trabalhou como roteirista em “Malhação Conectados” em 2011, na novela Salve Jorge em 2012, um dos brasileiros importantes no carregamento da tocha olímpica de Londres 2012, e em 2013 foi consultor do programa Esquenta. Palestrou em Harvard em 2013, contando a experiência de usar o twitter como plataforma de comunicação entre a favela e o poder público. Recebeu o Prêmio Mundial da Juventude, na Índia. Recentemente, foi nomeado como 1 dos 100 negros mais influentes do mundo, pelo trabalho desenvolvido no Brasil, Forbes under 30 e carioca do ano 2020. Diretor e captador de recursos da ONG.

 

 

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