Crianças e adolescentes de quatro favelas ganharão pôster do Pantera Negra

Os desenhos serão entregues no Complexo do Alemão, Complexo da Penha, Rocinha e Vidigal
Arte: Guilherme Oliveira

Representatividade. Essa é a palavra que simboliza a trajetória artística do Chadwick Boseman, ator que deu vida ao super-herói Pantera Negra nos cinemas e faleceu no mês de agosto. Tendo a figura do Boseman como referência, o designer e ilustrador Draco lançou uma campanha para presentear 200 crianças de favelas do Rio de Janeiro com uma ilustração do Pantera Negra, em parceria com o Voz das Comunidades.

Os desenhos, impressos em tamanho A3, serão entregues através de um incentivo artístico. Crianças que tenham entre 4 e 12 anos e moram nas favelas do Complexo do Alemão, Complexo da Penha, Rocinha e Vidigal devem fazer um desenho ou pintura com inspiração no filme “Pantera Negra” e enviar uma foto para o número do Whatsapp do Voz das Comunidades (21 99893-4031) até o dia 22/11. O objetivo é criar uma exposição online com as artes.

Eu lembro de ter chorado no cinema assistindo Pantera Negra e foi a primeira e única vez que isso aconteceu. Foi a primeira vez que eu vi um personagem preto representando algo que eu me encaixava. A dor que eu sinto agora é de saudade. Era a expectativa de ver um cara que estava construindo na grande mídia a imagem do super-herói que eu cresci idealizando em cima do Christopher Reeve, sendo construída agora em um homem de pele preta e de um sorriso inesquecível. Era ele quem eu idealizava como o rosto do herói dos meus filhos, dos meus netos. O Chadwick, com o Pantera Negra, me ensinou que um herói poderia ter o meu rosto e a cor da minha pele“, disse Draco, artista que criou as ilustrações.

Teste 3

As obras começarão a ser entregues no dia 23 de novembro.

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EDITORIAS

PERFIL

Rene Silva

Fundou o jornal Voz das Comunidades no Complexo do Alemão aos 11 anos de idade, um dos maiores veículos de comunicação das favelas cariocas. Trabalhou como roteirista em “Malhação Conectados” em 2011, na novela Salve Jorge em 2012, um dos brasileiros importantes no carregamento da tocha olímpica de Londres 2012, e em 2013 foi consultor do programa Esquenta. Palestrou em Harvard em 2013, contando a experiência de usar o twitter como plataforma de comunicação entre a favela e o poder público. Recebeu o Prêmio Mundial da Juventude, na Índia. Recentemente, foi nomeado como 1 dos 100 negros mais influentes do mundo, pelo trabalho desenvolvido no Brasil, Forbes under 30 e carioca do ano 2020. Diretor e captador de recursos da ONG.

 

 

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