Conheça os dois novos Garoto e Garota da Favela do Voz das Comunidades

Com uma variedade nos votos, Bruno Moreira e Vanessa Barroso, ambos do Complexo do Alemão, se tornaram os novos rostos do concurso das favelas

A importância de construir novas narrativas sobre pessoas que residem nas favelas do Rio de Janeiro é uma missão essencial dentro do jornalismo comunitário. Visando isso, o Jornal Voz das Comunidades retornou a iniciativa Garoto e Garota da Favela, que encerrou as votações das duas categorias no final da última segunda-feira (11).

Os primeiros vencedores desta edição são dois moradores do Complexo do Alemão, Bruno Moreira Machado, de 26 anos, e Vanessa Barroso, de 26 anos, e receberão um ensaio fotográfico completo.
Para conhecer mais dos dois novos modelos da Zona Norte, a equipe de reportagem do Voz das Comunidades entrou em contato com ambos. Abaixo, alguns detalhes dos vencedores e curiosidades.

Com 355 votos, Bruno Moreira venceu a categoria de Garoto no concurso. Foto: reprodução.


Estudante de jornalismo e estagiário de produção em audiovisual, Bruno Moreira, mais conhecido como “Odacham”, tem como paixão a fotografia. Além do trabalho por trás das lentes, o vencedor da categoria Garoto também tem um programa de podcast produzido por ele e um amigo. Confira algumas curiosidades sobre Bruno:

Reportagem: Qual a sua cor favorita?
Bruno Moreira: Amarelo.
Bruno: Amarelo
Reportagem: Qual a sua música preferida?
Bruno: Rito de Passá – Mc Tha
Reportagem: Se fosse para escolher uma série ou um filme, qual seria?
Bruno: La Brea (série da Globo Play)
Reportagem: Qual a importância de ganhar o concurso Garoto e Garota da Favela?
Bruno: Fiquei muito feliz de ter vencido esse concurso, porque desde sempre eu sou apaixonado por fotografia, amo fotografar e ser fotografado e embora eu tenha bons feedbacks sobre o meu trabalho como modelo, sempre encontrei resistência do mercado profissional por conta da minha altura. Então ter ganhado esse concurso mostra que, independente das portas se abrirem ou não, há pessoas que torcem, valorizam e se identificam com a minha estética, que se veem em mim. É uma forma de aumentar a autoestima das pessoas que não fazem parte do padrão estabelecido e mostrar que elas também têm chances de participar de concursos e saírem vencedores. Lembrando sempre que a beleza mais importante é a que vem de dentro.

Reportagem: O que você faria se ganhasse 1 milhão de dólares?
Bruno: Se eu ganhasse 1 milhão de dólares eu investiria esse dinheiro, pra que eu pudesse ter tranquilidade financeira para administrar minhas futuras ONG de proteção e resgate a animais, e outra de capacitação profissional para pessoas de baixa renda!

Também moradora do Complexo do Alemão, na região conhecida como Matinha, Vanessa Barroso trabalha como vendedora. Com altos objetivos, a nova Garota da Favela destaca seu compromisso com os estudos. Abaixo, algumas curiosidades de Vanessa.

Com 501 votos, Vanessa Barroso venceu a categoria de Garota no concurso. Foto: reprodução.

Teste 3



Reportagem: qual a sua cor favorita?
Vanessa Barroso: verde.
Reportagem: Qual sua música preferida?
Vanessa: Malvadão 3, do Xamã.
Reportagem: Se fosse para escolher um filme ou série, qual seria?
Vanessa: Sob pressão.
Reportagem: Qual a importância de ganhar o concurso Garoto e Garota da Favela?
Vanessa: Pra mim é gratificante porque sempre quis participar e tinha receio de não ganhar, hoje estou muito feliz e grata pelo concurso da voz da comunidade que fez eu acreditar que podemos tudo aquilo que queremos.
Reportagem: O que você faria se ganhasse 1 milhão de dólares?
Vanessa: Compraria uma casa e investiria nos meus estudos .

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EDITORIAS

PERFIL

Rene Silva

Fundou o jornal Voz das Comunidades no Complexo do Alemão aos 11 anos de idade, um dos maiores veículos de comunicação das favelas cariocas. Trabalhou como roteirista em “Malhação Conectados” em 2011, na novela Salve Jorge em 2012, um dos brasileiros importantes no carregamento da tocha olímpica de Londres 2012, e em 2013 foi consultor do programa Esquenta. Palestrou em Harvard em 2013, contando a experiência de usar o twitter como plataforma de comunicação entre a favela e o poder público. Recebeu o Prêmio Mundial da Juventude, na Índia. Recentemente, foi nomeado como 1 dos 100 negros mais influentes do mundo, pelo trabalho desenvolvido no Brasil, Forbes under 30 e carioca do ano 2020. Diretor e captador de recursos da ONG.

 

 

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