Quem vai semanalmente à quadra de loteamento da Nova Brasília, no Complexo do Alemão se depara com uma cena simpática. Às 7h da manhã, policiais da UPP local iniciam as aulas de ginástica para moradoras da terceira idade, que afirmam já estarem conseguindo notar os benefícios da atividade física que passou a fazer parte da rotina de suas vidas, há pouco mais de três meses.
Os soldados da UPP Nova Brasília Leandro Faustino e Bruno Paysan são os professores e responsáveis pelas aulas, que duram aproximadamente uma hora e meia e contemplam cerca de 30 moradores da comunidade. Caso de Dona Maria de Souza, de 59 anos, que disse que levava uma vida sedentária, mas agora se sente com mais disposição.
“Eu nunca tinha feito ginástica ou algum tipo de exercício, mas sinto que melhorei muito. Antes, eu tinha muita dor nas pernas e mal podia me abaixar. Hoje, não sinto mais nada e até a minha disposição para andar aqui pela comunidade, que é grande, aumentou”, contou Maria de Souza, que toda aula leva um bolo de cenoura para os professores.
Teste 3
Já a moradora Maria da Glória, de 64 anos, conta que sempre gostou de fazer exercícios e o projeto foi muito bem-vindo. Nas aulas, já foi até promovida a monitora pelo professor. “Eu sou muito disposta, gosto de exercício e adoro pular. O soldado fica até brincando dizendo que eu vou ser a nova professora”, brincou.
A iniciativa faz parte da vertente de educação esportiva do Programa de Proximidade, criado pela UPP Nova Brasília para oferecer aos moradores atividades esportivas, orientação e educação jurídica, cívica e ambiental, promovendo a aproximação entre policiais e moradores.
As aulas ainda contam com uma peculiaridade: bastões e halteres dão lugar a cabos de vassoura e garrafinhas de água pet. “É um detalhe bacana que até ajuda na interação, porque, além de ser uma forma de contribuir com a sustentabilidade, as próprias senhoras separam as vassouras antigas e as garrafas pet para trazerem para a aula”, conta o soldado Faustino.
Para o soldado Bruno, “projetos assim são importantes não só para incentivar os moradores e melhorar a qualidade de vida, mas para quebrar o estigma que ainda existe sobre da polícia. Nós somos seres humanos, acima de tudo. Aqui nas aulas, por exemplo, as moradoras não são só alunas. Elas se tornam amigas, contam a vida para a gente e acabam fazendo parte da nossa vida também”.
Via: http://www.upprj.com/