No Alemão, moradores tem manhã de tiroteios: “Deitei no chão com as crianças”

A manhã de hoje chegou com mais um dia de operação. Desde às 8h dessa sexta feira (08), famílias que vivem no Complexo do Alemão, na Zona Norte do Rio, são acordadas ao som de rejadas, vindas de helicópteros que sobrevoam as comunidades.

Segundo informações, a Policiais Civil está realizando uma operação na Fazendinha, mas também foram ouvidos disparos no Morro do Adeus.

Famílias comentam ação

“Helicóptero tão baixo que tremeu tudo aqui em casa. Achei que tava caindo.” – relatou um morador na página do Facebook do Voz das Comunidades.

Teste 3

“Também achei prima, que o prédio estava caindo. Saí correndo de casa” – respondeu outra moradora.

“Garota, deitei no chão com as criança!” – completa.

Em publicação atualizada sobre a operação, uma moradora do Alemão  cobra mais atenção e prioridade em outros serviços. “Nosso estado como sempre enxugando gelo. Operação sem finalidade nenhuma. Entrar e da tiro nunca foi solução, queremos educação, saúde. Isso eles não oferecem, mais tiroteio de café da manhã e prioridade no estado do Rio de Janeiro” – disse.

A ação, que pegou de surpresa muita gente que estava a caminho do trabalho, também foi registrada em vídeos e compartilhadas nas redes sociais.

Veja também 

Montamos uma galeria com relatos de moradores do Complexo do Alemão sobre a operação de hoje

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EDITORIAS

PERFIL

Rene Silva

Fundou o jornal Voz das Comunidades no Complexo do Alemão aos 11 anos de idade, um dos maiores veículos de comunicação das favelas cariocas. Trabalhou como roteirista em “Malhação Conectados” em 2011, na novela Salve Jorge em 2012, um dos brasileiros importantes no carregamento da tocha olímpica de Londres 2012, e em 2013 foi consultor do programa Esquenta. Palestrou em Harvard em 2013, contando a experiência de usar o twitter como plataforma de comunicação entre a favela e o poder público. Recebeu o Prêmio Mundial da Juventude, na Índia. Recentemente, foi nomeado como 1 dos 100 negros mais influentes do mundo, pelo trabalho desenvolvido no Brasil, Forbes under 30 e carioca do ano 2020. Diretor e captador de recursos da ONG.

 

 

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