No Alemão, moradores da Área 5 pedem caçambas e coleta para evitar lixão irregular

"31 anos de comunidade, nasci e moro aqui e ninguém faz nada, é horrível!", conta um morador.

Um problema persistente na cidade do Rio de Janeiro, principalmente nas favelas, é a produção excessiva de lixo e a falta de lugares apropriados para o descarte.

Indignação e revolta tomou conta de muitos moradores da Área 5, próxima ao Colégio Rubens Berardo, no Complexo do Alemão, que denunciaram a falta de educação por parte de alguns que também vivem por alí, que fazem um lixão na entrada da comunidade. A Comlurb também é criticada por não fazer a coleta regularmente. Foto: Selma Souza/Voz das Comunidades
Entretanto, na última quinta-feira (16) após contato do Voz das Comunidades, funcionários da Comlurb realizaram a limpeza do local. O lixo que estava acumulado há quase dois meses já tomava parte da rua. Além da invasão de moscas e ratos nas casas, o cheiro era insuportável e causava preocupação nas famílias vizinhas ao lixão. Foto: Selma Souza/Voz das Comunidades
“Tem dias que não dá para aguentar, o cheiro é insuportável! É um odor horrível! Essas moscas trazem doenças e ainda temos que gastar dinheiro para colocar remédio. Se não usar o spray não dá para fazer o serviço”, conta o mecânico Michael Menezes Ribeiro. Foto: Selma Souza/Voz das Comunidades
De acordo com Michael, a coleta era feita duas vezes por semana, depois passou a ser a cada 15 dias, até o momento que o caminhão deixou de chegar na Área 5. Também existe um descarte inapropriado para o local, feito pelos moradores. É possível encontrar na lixeira diversos móveis, entulhos, vidros, além de restos de alimentos. Foto: Selma Souza/Voz das Comunidades
Os problemas causados pela exposição do lixo afeta não só o meio ambiente, como a saúde das pessoas. O efeito disso é a produção do chorume, que é um líquido formado pela degradação de compostos orgânicos, a proliferação de animais e insetos, causadores de doenças, como o Aedes aegypti, transmissor da dengue, febre amarela, zika e chikungunya.  Foto: Selma Souza/Voz das Comunidades

“31 anos de comunidade, nasci e moro aqui e ninguém faz nada, é horrível!”

Rodrigo Silva, morador da Área 5
O morador Rodrigo Rodrigues da Silva disse que se existisse caçambas para a população colocar o lixo, a situação não seria essa. Para Rodrigo, os moradores deveriam colaborar mais, evitando jogar o lixo em lugares impróprio. “É importante fazer sua parte para que o problema não volte”. Foto: Selma Souza/Voz das Comunidads

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EDITORIAS

PERFIL

Rene Silva

Fundou o jornal Voz das Comunidades no Complexo do Alemão aos 11 anos de idade, um dos maiores veículos de comunicação das favelas cariocas. Trabalhou como roteirista em “Malhação Conectados” em 2011, na novela Salve Jorge em 2012, um dos brasileiros importantes no carregamento da tocha olímpica de Londres 2012, e em 2013 foi consultor do programa Esquenta. Palestrou em Harvard em 2013, contando a experiência de usar o twitter como plataforma de comunicação entre a favela e o poder público. Recebeu o Prêmio Mundial da Juventude, na Índia. Recentemente, foi nomeado como 1 dos 100 negros mais influentes do mundo, pelo trabalho desenvolvido no Brasil, Forbes under 30 e carioca do ano 2020. Diretor e captador de recursos da ONG.

 

 

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