Brasileiros moram em casa artística no projeto que é parte do Festival Londres 2012, o braço cultural das Olimpíadas

Durante um mês, 30 artistas brasileiros vão ocupar palcos, instituições, museus de Londres, antes e durante as Olimpíadas de 2012. O projeto Rio Occupation London acontece entre 06 de julho e 05 de agosto como parte do Festival Londres 2012 (www.london2012.com) – braço cultural oficial dos Jogos Olímpicos. O projeto foi concebido pela Secretaria de Estado de Cultura do Rio de Janeiro (SEC), com produção executiva da organização artística People’s Palace Projects em parceria com Battersea Arts Centre (BAC) e V22 Summer Club.

Eddu Grau, cantor e compositor nascido no Complexo do Alemão também participa do festival, em Londres, na Inglaterra.

O Rio Occupation London tem direção artística de Christiane Jatahy (autora e diretora de teatro e cinema) e Gringo Cardia (designer e diretor de teatro, cinema, dança e circo). Para selecionar o grupo, eles contaram com a consultoria de cinco profissionais de diferentes áreas: Batman Zavareze (designer gráfico e curador do projeto Multiplicidade), Cesar Augusto (ator, diretor e fundador do Tempo Festival), Marcio Botner (artista plástico e fundador da galeria A Gentil Carioca), Nayse Lopes (jornalista e diretora do Festival Panorama) e Pedro Seiler (produtormusical, fundador do site de crowdfunding Queremos).

Os 30 participantes do Rio Occupation London ficarão em residência artística durante um mês. Eles se hospedarão juntos no Battersea Arts Centre (BAC), em Londres, onde trocarão experiências e fecharão seus projetos, todos inéditos, que já estão sendo construídos há alguns meses. O BAC é um centro cultural, que também oferecerá salas de ensaio, ateliês e um teatro.As apresentações serão gratuitas e realizadas em diversas instituições culturais importantes: Victoria and Albert Museum, Tate Modern, B3 Media, Southbank Centre, Rich Mix, Brickbox, Albany Theatre, Bush Theatre, Roundhouse, BAC e V22. Os artistas terão o apoio de produtores locais e a colaboração de artistas londrinos.

Teste 3

Segundo Adriana Rattes, Secretária Estadual de Cultura do Rio de Janeiro, a Ocupação nasceu “a partir de convite feito por Ruth Mackenzie, diretora da Cultural Olympiad, para que o Governo do Rio de Janeiro preparasse um projeto para participar do London 2012. Essa parceria reforçará as relações culturais internacionais do Rio de Janeiro, promovendo uma visão dinâmica, atraente e contemporânea do estado, estabelecendo um cenário mundial para apresentar uma amostra do melhor da nova arte brasileira através de seus artistas e criando um legado para o Rio 2016”.

Eddu Grau é formado em Geografia e tem seis anos de experiência profissional nas áreas de produção cultural e social. Também é o coordenador executivo do grupo Pensar. Experiências prévias incluem trabalhos como assistente de produção e papéis em documentários.  Ele já apresentou shows e fez vídeos e trilhas sonoras para filmes de ficção e documentários. Eddu também já produziu e gerenciou projetos sociais e culturais. Atualmente, administra projetos audiovisuais no Complexo do Alemão e trabalha voluntariamente como avaliador do POC (Programa de Ocupação Cultural), da Secretaria de Estado de Cultura, na mesma comunidade.

O resultado dessa residência artística vai fomentar novos projetos culturais e resultar num festival no Rio de Janeiro, em abril de 2013. “A continuação desse diálogo será o London Occupation Rio, que trará ao Brasil os artistas ingleses que vão interagir com os brasileiros selecionados”, explica o produtor Paul Heritage, fundador da People´s Palace Projects. Ruth Mackenzie, diretora do Festival Londres 2012, disse que “o projeto reúne 30 artistas brilhantes do estado do Rio de Janeiro, que vão trabalhar com as principais instituições de artes de Londres e vão nos surpreender com novas colaborações no Festival Londres 2012”.

Os artistas selecionados compõem um retrato da nova geração que produz arte em diferentes plataformas: Alessandra Maestrini (atriz, cantora, compositora e versionista), Andrea Capella(fotógrafa), Anna Azevedo (cineasta), Bernardo Stumpf (bailarino), Breno Pineschi (artista gráfico), Bruno Vianna (cineasta), Dina Salem Levy (designer e arquiteta), Domenico Lancellotti(músico), Eddu Grau (músico), Eduardo Nunes (cineasta), Emanuel Aragão (dramaturgo, escritor, diretor de teatro, ator e cineasta), Eric Fully (artista visual e performático), Felipe Rocha(ator, músico e cineasta), Gustavo Círiaco (dançarino), João Brasil (DJ e produtor musical), João Penoni (artista visual) e João Sanchez (artista plástico).

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EDITORIAS

PERFIL

Rene Silva

Fundou o jornal Voz das Comunidades no Complexo do Alemão aos 11 anos de idade, um dos maiores veículos de comunicação das favelas cariocas. Trabalhou como roteirista em “Malhação Conectados” em 2011, na novela Salve Jorge em 2012, um dos brasileiros importantes no carregamento da tocha olímpica de Londres 2012, e em 2013 foi consultor do programa Esquenta. Palestrou em Harvard em 2013, contando a experiência de usar o twitter como plataforma de comunicação entre a favela e o poder público. Recebeu o Prêmio Mundial da Juventude, na Índia. Recentemente, foi nomeado como 1 dos 100 negros mais influentes do mundo, pelo trabalho desenvolvido no Brasil, Forbes under 30 e carioca do ano 2020. Diretor e captador de recursos da ONG.

 

 

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