Projeto de capoeira dá aulas para jovens e adultos no Vidigal

Com aulas nas terças e quintas na Associação dos Moradores da comunidade, o Capoeira do Vidigal atua há 11 anos na localidade
Foto: Selma Souza / Voz das Comunidades
Foto: Selma Souza / Voz das Comunidades

Com raízes conectadas com o Nordeste do país, mais especificamente no Maranhão, o projeto Capoeira do Vidigal desenvolve crianças, adolescentes e adultos através da capoeira, uma arte marcial afro-brasileira que mistura dança e música em forma de esporte. Ministrada há 11 anos pelo Mestre Messias Nogueira Freitas, de 40 anos e morador da favela da zona Sul, a iniciativa realiza aulas às terças e quintas das 18h às 19h para o público infantil e das 19h às 21h para a turma dos jovens e adultos, na Associação dos Moradores do Vidigal. 

Para Messias, a capoeira é um espaço que possibilita a troca de conhecimento e desenvolvimento do coletivo, pois é uma modalidade esportiva que não tem como ser praticada sozinha. Além disso, cultiva um laço de confiança e respeito ao próximo, dois fatores importantes do cotidiano das comunidades cariocas. Treinado por seu pai e também mestre, Índio do Maranhão, o professor trabalhou por 10 anos no Nós do Morro ensinando afro dança e capoeira para atores e atrizes.

“A capoeira é uma arte marcial, mas também é muita coisa. Ela ensina disciplina, respeito, coletividade, confiança e muito mais. Além disso, os alunos do nosso projeto também demonstraram uma melhora no desempenho escolar”, destaca o Mestre. 

Com sede principal do projeto no Maranhão, o Capoeira do Vidigal atua também na comunidade Chacrinha do Céu e na Rocinha, onde possui uma turma para a terceira idade. Por decorrência da pandemia, as atividades com essa faixa etária estão paradas. “A nossa ideia é expandir para o máximo de comunidades possíveis e depois nacionalmente. Acredito que a capoeira é um agente de transformação social muito forte”. 

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EDITORIAS

PERFIL

Rene Silva

Fundou o jornal Voz das Comunidades no Complexo do Alemão aos 11 anos de idade, um dos maiores veículos de comunicação das favelas cariocas. Trabalhou como roteirista em “Malhação Conectados” em 2011, na novela Salve Jorge em 2012, um dos brasileiros importantes no carregamento da tocha olímpica de Londres 2012, e em 2013 foi consultor do programa Esquenta. Palestrou em Harvard em 2013, contando a experiência de usar o twitter como plataforma de comunicação entre a favela e o poder público. Recebeu o Prêmio Mundial da Juventude, na Índia. Recentemente, foi nomeado como 1 dos 100 negros mais influentes do mundo, pelo trabalho desenvolvido no Brasil, Forbes under 30 e carioca do ano 2020. Diretor e captador de recursos da ONG.

 

 

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