Após vendas de salgadinhos caírem para menos da metade, moradora do Alemão tenta reerguer negócio

Carla Ferreira vendia cerca de 200 salgados por dia, número que caiu para 80 após o isolamento social

A pandemia do Covid-19 causou impactos não só na área da saúde, mas também na economia do país. Nas favelas, muitas pessoas se viram sem conseguir trabalhar de forma autônoma e estão enfrentando dificuldades para manter o próprio negócio. Um desses exemplos é Carla Ferreira, mãe de cinco filhos, e dona de uma barraca de salgadinhos no Complexo do Alemão há 10 anos. A moradora da região conhecida como Predinhos conta que, antes da pandemia, vendia cerca de 200 salgados por dia, número que caiu para 80 após o isolamento social.

O meu movimento diário caiu mais do que a metade. Eu vendia, em média, de 400 a 600 reais por dia, hoje não estou vendendo nem 100. Eu vou na fábrica buscar porque sai mais barato e, devido à crise, a margem de lucro caiu. Então qualquer valor que economizar é lucro“, diz a comerciante.

Sendo a venda de salgadinhos a sua única fonte de renda, Carla diz que nunca se sentiu tão afetada como agora. Além do movimento na barraca, encomendas para festas estão quase inexistentes e o marido, que é do grupo de risco, parou de ir para as ruas realizar as vendas.

Teste 3

Seguem as informações para pedir os salgados da Carla:

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EDITORIAS

PERFIL

Rene Silva

Fundou o jornal Voz das Comunidades no Complexo do Alemão aos 11 anos de idade, um dos maiores veículos de comunicação das favelas cariocas. Trabalhou como roteirista em “Malhação Conectados” em 2011, na novela Salve Jorge em 2012, um dos brasileiros importantes no carregamento da tocha olímpica de Londres 2012, e em 2013 foi consultor do programa Esquenta. Palestrou em Harvard em 2013, contando a experiência de usar o twitter como plataforma de comunicação entre a favela e o poder público. Recebeu o Prêmio Mundial da Juventude, na Índia. Recentemente, foi nomeado como 1 dos 100 negros mais influentes do mundo, pelo trabalho desenvolvido no Brasil, Forbes under 30 e carioca do ano 2020. Diretor e captador de recursos da ONG.

 

 

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