Desde 2015, o mês de setembro é conhecido pela campanha de prevenção ao suicídio e tem, no dia 10, o Dia Mundial de Prevenção do Suicídio. Ainda assim, o debate e o atendimento sobre problemas psicológicos nas favelas é um assunto que não alcança um grande número de pessoas. Buscando mudar esse panorama, o jornal comunitário Garotas da Maré criou o projeto Mentes da Maré, que presta atendimento gratuito com psicólogos para moradores do maior complexo de favelas do Rio de Janeiro.
Funcionando desde maio, o Mentes da Maré conta com 10 profissionais, mas ainda busca uma sede e realiza os atendimentos somente de forma online. Recentemente, o projeto lançou uma vakinha online em busca recursos para continuar existindo e ajudando os moradores não só da Maré, mas também conseguir atender outros lugares.
“A importância do atendimento psicológico é total. Mas não tem, tudo é pago. E mesmo preço social é caro para pessoas que não têm o que comer em casa. A maior dificuldade é a ajuda financeira. Queríamos expandir, é o nosso principal intuito. Para isso, a gente precisa de mais material, precisa colocar mais panfletos na rua falando sobre saúde mental, porque muita gente está precisando de ajuda. Nós não temos patrocínio e nem fonte renda. Temos uma vakinha online e sabemos que não é todo mundo que pode colaborar por causa do momento atual”, relata Simone Lauar, jornalista comunitária e uma das fundadoras do Mentes da Maré.
Cartazes sobre saúde mental
Teste 3
O psicólogo Jonathan Miguel, um dos voluntários do projeto, teve a ideia de criar uma cartilha online sobre saúde mental para ajudar a inserir o assunto nas favelas. A cartilha virou panfletos e cartazes e o grupo começou a espalhar os informativos pelos postes do Complexo da Maré.
“Já têm alguns coletivos pedindo isso como material para ajudar a gente. Foi uma ideia do Jonathan e da minha irmã Anna. Eu acho muito importante, principalmente agora em setembro, a gente colocar esses panfletos abordando a ansiedade, porque são muitos relatos que estamos ouvindo no momento“, finaliza Simone.