Final de semana é marcado por violência policial no Morro dos Macacos

Durante ação na comunidade, cinco moradores foram mortos
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Foto: Reprodução

No momento mais letal da pandemia de coronavírus no Brasil, o primeiro final de semana do mês de março na comunidade do Morro dos Macacos aumentou as estatísticas de violência durante ações policiais dentro das comunidades do Rio de Janeiro. Localizado na Zona Norte da Capital, o bairro sofreu com o intenso tiroteio no sábado (6) que vitimou cinco pessoas na região.  

Proibida desde 2020 nas comunidades do Rio de Janeiro pelo estado de calamidade na saúde pública do país, as ações policiais provocam críticas e manifestos contra a violência dos agentes do Estado contra a população periférica. Em publicações nas redes sociais, moradores do Morro dos Macacos registram o momento que os policiais colocam os corpos na viatura, com dificuldade para fechar as portas do veículo na sequência.

https://twitter.com/OfcMorro/status/1368326671800147971
Perfil atualizado por pessoas que moram na própria comunidade.
Vídeo: Reprodução

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Segundo informações da Polícia Militar, o confronto ocorreu após disparos de criminosos contra o 6º batalhão que estava realizando uma ronda pela região. Após a ação, os agentes encontraram três armas de fogo, duas granadas e uma quantidade de drogas no local. A suposta repressão dos militares vitimou o eletricista Iago dos Santos, de 28 anos, que não possuía antecedentes criminais, e Valmir Pereira Candido, de 42 anos, que trabalhava como montador de andaime na Petrobras.  

De acordo com as informações de moradores, a comunidade planeja uma manifestação às 18h pela região, com todos protestantes utilizando máscaras brancas como pedido de paz no bairro.

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EDITORIAS

PERFIL

Rene Silva

Fundou o jornal Voz das Comunidades no Complexo do Alemão aos 11 anos de idade, um dos maiores veículos de comunicação das favelas cariocas. Trabalhou como roteirista em “Malhação Conectados” em 2011, na novela Salve Jorge em 2012, um dos brasileiros importantes no carregamento da tocha olímpica de Londres 2012, e em 2013 foi consultor do programa Esquenta. Palestrou em Harvard em 2013, contando a experiência de usar o twitter como plataforma de comunicação entre a favela e o poder público. Recebeu o Prêmio Mundial da Juventude, na Índia. Recentemente, foi nomeado como 1 dos 100 negros mais influentes do mundo, pelo trabalho desenvolvido no Brasil, Forbes under 30 e carioca do ano 2020. Diretor e captador de recursos da ONG.

 

 

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