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Na tarde da segunda-feira (12), aconteceu na sede da Defensoria Pública do Rio de Janeiro uma reunião da Federação das Associações de Favelas do Rio de Janeiro (FAFERJ) com a Ouvidoria e a Defensoria Pública do Rio. Cerca de 50 lideranças comunitárias estiveram presentes no encontro, além de familiares da Kethlen Romeu, assassinada no Complexo do Lins, em junho deste ano, durante uma operação policial.
Nos últimos anos, o que tem se visto nas favelas do Rio é um cenário de guerra instalado, fazendo com que ações do Estado de combate à violência sejam questionáveis. De acordo com o Instituto Fogo Cruzado, só neste ano, 20 adolescentes foram baleados, e desses, 7 morreram. A reunião teve como pauta principal a forma como operações policiais estão sendo conduzidas nas comunidades.
Teste 3
Guilherme Pimentel, Ouvidor-Geral da Defensoria, escutou o que a FAFERJ e as outras Associações colocaram em relação aos principais problemas destas ações. Além disso, em conjunto com a Defensora Maria Júlia, do Núcleo de Direitos Humanos, ele disponibilizou informações sobre a atuação da Defensoria Pública na defesa das vidas nas favelas.
Além deste ponto, o encontrou abordou temas como: criminalização das lideranças, necessidade de perícia independente, urgência da implementação de câmeras nas viaturas e fardas de policiais, a importância do plano de redução de letalidade, entre outros pontos relevantes.
Gabriel Siqueira, diretor das Brigadas Populares e FAFERJ, comentou sobre o marco dessa reunião. “Além da enorme representatividade das associações de favelas, conseguimos avançar para criação do Plantão Externo de Controle das Operações Policiais, depois de muita luta, e infelizmente muitas mortes. Será um mecanismo democrático importante de prevenção, e estanque de ações truculentas, ilegais, de policiais e agentes do Estado”.
O Plantão foi instalado em maio deste ano. As denúncias serão recebidas por meio do telefone ou WhatsApp, no número (21) 2215-7003, ou pelo e-mail [email protected]. O trabalho será feito pelo Grupo Temático Temporário Operações Policiais (GTT-Operações Policiais) do MPRJ.