Com certeza, quando o assunto é resistência e transformação pessoal, a música torna-se uma das ferramentas artísticas mais potentes neste momento.
E, para o cantor Kellvn, de 24 anos, o gênero do rap é um dos responsáveis pelo seu processo de auto cura. Homem negro, LGBTQIA+ e da comunidade Gardênia Azul, ele traz em seus versos toda à superação enfrentada por ser um corpo que enfrentou e, ainda, enfrenta as vulnerabilidades sociais do Brasil.
Da Zona Oeste do Rio de Janeiro para todas as plataformas de digitais com o seu álbum de estreia “CURA”, o artista já mostrou a sua versatilidade no mundo trabalhando em diversas áreas, como professor de Geografia e vendedor de livros e cocadas na praia. Além disso, já encarou situações indesejáveis: a não aceitação da sua sexualidade por familiares e morar em um abrigo por questões relacionadas à dificuldade de se adequar ao mercado de trabalho.
Em sua trajetória, o rapper já conquistou reconhecimento de grandes eventos, como a Parada LGBTQIA+ Brasil e a WorldPride 2020. Essa última sendo considerada a maior parada do mundo. Com um trabalho composto por nove faixas, produzidas por Memê no Beat, Avilla e o DJ Betão, que já trabalham com artistas renomados ( ÀTTØØXXÁ, Nêssa e Derxan), ele explora a sua criatividade artística em cada música. “Vim pra contar minha versão da história,” afirma Kellvn.