Foto: Arquivo Pessoal/Divulgação
A cada nova subida nos ringues do Brasil e mundo afora, o pugilista Wanderson de Oliveira, de 24 anos, encara, durante os rounds de Boxe, todas as barreiras impostas na realidade dos jovens moradores de comunidades cariocas. Cria da Nova Holanda, no Complexo da Maré, o boxeador carioca é um dos representantes brasileiros da Seleção Olímpica de Boxe masculino nos Jogos Olímpicos de 2021, em Tóquio.
“Eu conheci o boxe quando tinha 12 anos de idade. Naquele tempo, eu jogava bola pelo projeto Luta pela Paz, que acontece na Maré. E um certo dia entrei em um espaço que tinha um “saco” de luta e um conhecido meu, que vivia tirando uma onda da gente, estava ali treinando. Então, eu e outros amigos decidimos entrar no boxe para mexer com ele também. Com o tempo, ele e meus amigos foram saindo do esporte, mas eu não. Realmente tinha encontrado algo que gostava”, comenta.
A entrega de corpo e alma na modalidade permitiu a chegada de novos horizontes na vida de Wanderson. Antes do esporte, o jovem compartilhava experiências comuns dos moradores das periferias do Rio de Janeiro: a de conhecer apenas a região que reside. Agora, através do esporte, ele já viajou para São Paulo e para África do Sul nas disputas de torneios. Atualmente, prepara as malas para o maior evento esportivo do mundo.
“O boxe faz parte da minha vida e me apresentou ao mundo. Eu sou um garoto de comunidade que, ao lado do meu professor Gibi, que me acompanha desde o início da minha trajetória – até quando conquistei o meu primeiro título “Galo de Ouro” – eu só coleciono histórias boas para mim e minha família”, explica.
Teste 3
Ao mesmo tempo que realiza os planos para Tóquio, o atleta segue a rotina de treinos contínua da delegação brasileira nos Jogos Olímpicos de 2021. Com a carga horária de dois treinos por dia, os atletas residem em São Paulo para realizar as atividades de domingo a domingo. “A gente vem se preparando há anos para as Olimpíadas. É um sonho”, destaca.