AfroGames: primeiro centro de formação de atletas de E-sports em favelas do mundo

O projeto, que nasceu em 2019, visa capacitar e profissionalizar jovens de favela no mundo dos esportes eletrônicos

Foto: Reprodução

O AfroReggae desde 2019 vem atuando nas comunidades de Vigário Geral e Parada de Lucas, com uma ideia inovadora: o primeiro centro de formação de atletas de E-sports em favelas do mundo. O projeto vem crescendo e dando cada vez mais oportunidades aos jovens de periferia de ingressarem no mundo dos esportes digitais. 

Batizado de AfroGames, a iniciativa atende hoje cerca de 109 moradores das comunidades de Vigário Geral e Parada de Lucas, ambas na Zona Norte da cidade. Em 2020, por conta da pandemia da Covid-19, tiveram que suspender as atividades. Mas, retornou neste início de 2021.

Teste 3

Em paralelo a esta suspensão das atividades do Afrogames, os e-games ganharam ainda mais destaque no cenário nacional. Pois, com os esportes tradicionais parados, os jogos eletrônicos dominaram, trazendo ainda mais visibilidade e recolhimento para essa nova modalidade.

Afrogames
O AfroGames é uma porta de acessibilidade cultural e tecnológica para muitos moradores das favelas de Vigário Geral e Parada de Lucas.
Foto: Reprodução

“Nosso projeto é um sonho realizado. Ter o primeiro centro de formação de esports dentro de uma favela foi o caminho que encontramos para trazer os jovens das comunidades para esse novo mundo. A indústrias dos games cresceu na faixa de 30% no último ano e é para esse mercado que queremos formar os jovens. Então, esse é nosso objetivo: resgatar o garoto, a garota que está lá dentro da favela e que não tem condições de comprar um equipamento caro e formar nesse novo mercado de trabalho, entregando todas as ferramentas necessárias para o seu crescimento profissional”, comentou Ricardo Chantilly.

Sobre o Projeto

A iniciativa surgiu com o intuito de dar oportunidades à juventude das favelas do Rio de lutarem pelos seus sonhos. O Centro de Treinamento foi o primeiro especializado em e-sports dentro de uma favela.

Afrogames
Equipe de LOL do AfroGames é formada por moradores de favela e disputa torneios de escala regional e nacional.
Foto: Reprodução

O local que formou 70 jovens no seu primeiro ano cresceu. Agora, oferece também uma sala patrocinada pela HyperX e GOL Linhas Aéreas, para que possam fazer lives de seus jogos favoritos, ensinando e incentivando este novo mercado de criação de conteúdo. Além disso, o projeto investe em novas frentes dando uma bolsa auxílio para 3 jovens da favela. E, foi a sede do projeto AfroReggae que abriu as portas para a iniciativa. Por fim, oferece também cursos de programação de computadores, Fortnite, League of Legends (LOL).

Construído no Centro Cultural Waly Salomão, com toda infraestrutura necessária, desde cadeiras gamers e computadores de última geração.
Foto: Reprodução

Tudo isso é fruto de uma parceria formada pela Secretaria de Estado de Esporte Lazer e Juventude do Rio de Janeiro e HyperX, Gol Linhas Aéreas, Chantilly Produções e Rede Globo através do canal SporTV, através da lei de incentivo. O projeto planeja abrir uma nova unidade no morro do Cantagalo, na Zona Sul, mas visa também chegar a outras comunidades do Rio.

Siga o AfroGames na Twitch e nas demais redes sociais Facebook, Twitter e Instagram.

Compartilhe este post com seus amigos

Facebook
Twitter
LinkedIn
Telegram
WhatsApp

EDITORIAS

PERFIL

Rene Silva

Fundou o jornal Voz das Comunidades no Complexo do Alemão aos 11 anos de idade, um dos maiores veículos de comunicação das favelas cariocas. Trabalhou como roteirista em “Malhação Conectados” em 2011, na novela Salve Jorge em 2012, um dos brasileiros importantes no carregamento da tocha olímpica de Londres 2012, e em 2013 foi consultor do programa Esquenta. Palestrou em Harvard em 2013, contando a experiência de usar o twitter como plataforma de comunicação entre a favela e o poder público. Recebeu o Prêmio Mundial da Juventude, na Índia. Recentemente, foi nomeado como 1 dos 100 negros mais influentes do mundo, pelo trabalho desenvolvido no Brasil, Forbes under 30 e carioca do ano 2020. Diretor e captador de recursos da ONG.

 

 

Contato:
[email protected]