31 anos depois, Estado do Rio aprova lei para indenizar familiares da chacina de Acari

Decretada pela Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro e sancionada pelo governador Cláudio Castro, a Lei prevê uma reparação financeira aos danos materiais e morais causados pela chacina
Foto: Divulgação
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Depois de quase 32 anos da execução policial conhecida como chacina de Acari, ocorrida em 26 de julho de 1990, onde 11 pessoas sendo sete delas com menos de 18 anos de idade foram retiradas de um sítio em Suruí (Magé, na Baixada Fluminense) e assassinadas, o Estado do Rio de Janeiro reconheceu a indenização aos familiares das vítimas do crime através da Lei nº 9753/22, decretada pela Alerj e sancionada pelo governador Cláudio Castro no dia 30 de junho.

Depois de tanto tempo, a lei visa reparar os danos materiais e morais causados por um grupo de extermínio de agentes de seguranças públicos (policiais civis e militares). Em razão disso, o valor pago pelo Estado leva em consideração a idade das vítimas na data do desaparecimento e a expectativa de vida dos mesmos.

Além disso, o acordo prevê que o Poder Executivo deve construir um memorial às vítimas na comunidade, com um evento público de inauguração. É importante ressaltar que até os dias de hoje os corpos das vítimas não foram localizados.

Vítimas da violência

Os onze jovens sequestrados (e suas idades, em 1990):

  • Viviane Rocha, 13 anos;
  • Cristiane Souza Leite, 16 anos;
  • Wudson de Souza, 16 anos;
  • Wallace do Nascimento, 17 anos;
  • Antônio Carlos da Silva, 17 anos;
  • Luiz Henrique Euzébio da Silva, (vulgo Gunga) 17 anos;
  • Edson de Souza, 17 anos;
  • Rosana Lima de Souza, 18 anos;
  • Moisés dos Santos Cruz (vulgo Moi), 31 anos;
  • Luiz Carlos Vasconcelos de Deus (vulgo Lula), 37 anos;
  • Edio do Nascimento, 41 anos.


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EDITORIAS

PERFIL

Rene Silva

Fundou o jornal Voz das Comunidades no Complexo do Alemão aos 11 anos de idade, um dos maiores veículos de comunicação das favelas cariocas. Trabalhou como roteirista em “Malhação Conectados” em 2011, na novela Salve Jorge em 2012, um dos brasileiros importantes no carregamento da tocha olímpica de Londres 2012, e em 2013 foi consultor do programa Esquenta. Palestrou em Harvard em 2013, contando a experiência de usar o twitter como plataforma de comunicação entre a favela e o poder público. Recebeu o Prêmio Mundial da Juventude, na Índia. Recentemente, foi nomeado como 1 dos 100 negros mais influentes do mundo, pelo trabalho desenvolvido no Brasil, Forbes under 30 e carioca do ano 2020. Diretor e captador de recursos da ONG.

 

 

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