Por segurança, escolas municipais da Vila Cruzeiro continuam fechadas após chacina policial

Ação foi a 3ª mais letal da história do Rio; estudantes de favela sofrem, mais uma vez, as consequências da violência na região
Foto: Reprodução
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Depois da chacina que aconteceu no Complexo da Penha, devido a uma “operação” dos agentes do Batalhão de Operações Especiais (Bope) em conjunto com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), que deixou 25 mortos e 6 pessoas feridas, escolas da região permanecem fechadas nesta quarta-feira (25). A Secretaria Municipal de Educação informou que, até o momento, 14 unidades escolares da Vila Cruzeiro terão aulas remotas, ou seja, na modalidade online. 

As escolas da rede estadual da região do Complexo da Penha estão funcionado com baixa frequência, segundo nota da Secretaria Estadual de Educação (SEEDUC). Mas o órgão reforça que a direção de cada escola tem autonomia para decidir se haverá aula ou não, sempre prezando pela segurança dos funcionários e alunos.

Já no Complexo do Alemão, onde foram relatados tiros na terça, ainda não há informações se as escolas irão reabrir normalmente. Ontem, 19 unidades escolares do entorno também tiveram suas atividades presenciais suspensas. Somado ao Complexo da Penha, 32 escolas tiveram que fechar as portas. 

Teste 3

No Complexo da Penha, as Clínicas da Família Fellipe Cardoso e Klebel de Oliveira Rocha estão com os atendimentos normalizados. E no Alemão, as unidades Zilda Arns, Rodrigo Roig e Valter Felisbino de Souza também estão abertas. 

Consequências da violência na favela

A moradora da Chatuba, Gabrielle Ferreira da Cunha, morta na desastrosa ação policial, será enterrada nesta quarta-feira, no cemitério do Caju, às 13h, região portuária do Rio. Ela tinha 42 anos e foi atingida por um disparo de arma de fogo, no momento em que os homens do BOPE e PRF estavam na região. Gabrielle deixa um filho de 17 anos.

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EDITORIAS

PERFIL

Rene Silva

Fundou o jornal Voz das Comunidades no Complexo do Alemão aos 11 anos de idade, um dos maiores veículos de comunicação das favelas cariocas. Trabalhou como roteirista em “Malhação Conectados” em 2011, na novela Salve Jorge em 2012, um dos brasileiros importantes no carregamento da tocha olímpica de Londres 2012, e em 2013 foi consultor do programa Esquenta. Palestrou em Harvard em 2013, contando a experiência de usar o twitter como plataforma de comunicação entre a favela e o poder público. Recebeu o Prêmio Mundial da Juventude, na Índia. Recentemente, foi nomeado como 1 dos 100 negros mais influentes do mundo, pelo trabalho desenvolvido no Brasil, Forbes under 30 e carioca do ano 2020. Diretor e captador de recursos da ONG.

 

 

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