‘Rocinha sob Lentes’ leva cenário da favela para um dos grandes eventos literários do Rio

Desde o dia 11 de maio, o coletivo pôde apresentar seu trabalho no Festival LER; neste sábado vai ter mais uma participação
(Foto: Divulgação)

Allan Almeida, Diego Cardoso, Erik Dias e Marcos Costa. Esses são os nomes dos  jovens responsáveis por registrar momentos da favela da Rocinha através de lentes fotográficas. Munidos de câmeras profissionais e, algumas vezes, com aparelhos celulares emprestados, os meninos captaram em detalhes do cotidiano da comunidade e passaram todos estes registros fotográficos para um livro ilustrado.

Intitulada “Rocinha sob Lentes”, a publicação foi lançada no dia 16 de março deste ano e tem distribuição gratuita para instituições governamentais e educacionais de dentro e fora do Brasil. Em texto dentro da publicação, um dos grandes nomes da fotografia popular, João Roberto Ripper, relata que ainda se emociona quando descobre fotógrafos que registram detalhes de comunidades.

Para o profissional, estes fotógrafos das comunidades tem um cuidado especial: um “misto de intimidade e afeto que só quem vive ou viveu na localidade possui”.

Livro contém registros do cotidiano da favela da Rocinha
Foto: Divulgação

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Diante da relevância do trabalho dos jovens, desde o dia 11 de maio, tanto os fotógrafos como os responsáveis pelo livro participam da 4ª Edição do Festival do Leitor (LER), um dos eventos de literatura mais importantes do país. Neste sábado, 14 de maio, de 15 às 17 horas, vai haver uma palestra no espaço Academia Carioca de Letras, com tema “A Fotografia Popular pede passagem“, com Dante Gastaldoni e os fotógrafos convidados Allan Almeida, Elisângela Leite e Ratão Diniz.  

Em sua última edição, o evento contou com mais de 100 mil pessoas entre leitores, escritores e profissionais do mercado editorial.

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EDITORIAS

PERFIL

Rene Silva

Fundou o jornal Voz das Comunidades no Complexo do Alemão aos 11 anos de idade, um dos maiores veículos de comunicação das favelas cariocas. Trabalhou como roteirista em “Malhação Conectados” em 2011, na novela Salve Jorge em 2012, um dos brasileiros importantes no carregamento da tocha olímpica de Londres 2012, e em 2013 foi consultor do programa Esquenta. Palestrou em Harvard em 2013, contando a experiência de usar o twitter como plataforma de comunicação entre a favela e o poder público. Recebeu o Prêmio Mundial da Juventude, na Índia. Recentemente, foi nomeado como 1 dos 100 negros mais influentes do mundo, pelo trabalho desenvolvido no Brasil, Forbes under 30 e carioca do ano 2020. Diretor e captador de recursos da ONG.

 

 

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