Pré-vestibular no Morro da Baiana é legado de liderança comunitária do Alemão

A iniciativa 100% independente está transformando a vida de moradores de favelas através da educação popular
Foto: Selma Souza / Voz das Comunidades
Foto: Selma Souza / Voz das Comunidades

Para criar um projeto de educação precisa ser um professor ou professora com formação? Não necessariamente. No final das contas, o que importa é ter a vontade de transformar o mundo através do conhecimento e esse desejo Nilton Gomes, mais conhecido como Diquinho, tinha de sobra. Liderança comunitária do Complexo do Alemão, faleceu no ano passado com 72 anos, mas deixou um legado: o pré-vestibular social do Centro Cultural Nilton Gomes Pereira.

O projeto fica no Morro da Baiana, no Complexo do Alemão, e prepara jovens de favelas para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e para o vestibular da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj) há 10 anos. Ao longo da última década, foram várias pessoas aprovadas. Guilherme Moreira, coordenador geral do Centro Cultural e professor de Sociologia da Rede Estadual, conta que Diquinho desde a sua juventude sempre manteve vivo o sonho de construir uma sociedade justa e igualitária. “Ele repetia essas palavras teimosamente”. 

 Guilherme Moreira e sua equipe dão continuidade ao pré-vestibular fundado por Diquinho. As aulas acontecem três vezes por semana
Foto: Selma Souza / Voz das Comunidades

O pré-vestibular surgiu um ano depois de Diquinho fundar o Conselho Popular no terraço da sua casa. “Cansado com as ilusões da política eleitoral, buscou construir um espaço independente, sem vínculo com partidos ou grandes empresas”, relembrou Guilherme. Hoje, após a morte de Diquinho, o objetivo da iniciativa é dar sequência ao que foi deixado por ele: resistência, educação e cultura popular.

Teste 3

Àqueles que querem conhecer o projeto, ele está localizado Estrada do Itararé, número 137 em Ramos, Morro da Baiana.

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EDITORIAS

PERFIL

Rene Silva

Fundou o jornal Voz das Comunidades no Complexo do Alemão aos 11 anos de idade, um dos maiores veículos de comunicação das favelas cariocas. Trabalhou como roteirista em “Malhação Conectados” em 2011, na novela Salve Jorge em 2012, um dos brasileiros importantes no carregamento da tocha olímpica de Londres 2012, e em 2013 foi consultor do programa Esquenta. Palestrou em Harvard em 2013, contando a experiência de usar o twitter como plataforma de comunicação entre a favela e o poder público. Recebeu o Prêmio Mundial da Juventude, na Índia. Recentemente, foi nomeado como 1 dos 100 negros mais influentes do mundo, pelo trabalho desenvolvido no Brasil, Forbes under 30 e carioca do ano 2020. Diretor e captador de recursos da ONG.

 

 

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