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O governo federal anunciou na última segunda-feira (05) a prorrogação do auxílio emergencial por mais três meses. O benefício, que acabaria neste mês de julho, com a prorrogação, foi estendido até outubro deste ano. O decreto foi assinado pelo presidente Jair Bolsonaro e pelo ministro da Cidadania, João Roma. O texto foi publicado no “Diário Oficial da União”.
O auxílio emergencial foi um benefício criado pelo Governo federal no ano passado, em razão da pandemia do novo coronavírus. O auxílio retornou em abril deste ano com mais quatro parcelas por conta da continuidade da pandemia da Covid-19. A prorrogação por mais três meses (agosto, setembro e outubro) já tinha sido anunciada pelo governo nas últimas semanas, mas faltava a formalização. De acordo com o Ministério da Cidadania, serão mantidos os valores pagos atualmente:
- pessoas que moram sozinhas: R$ 150 por mês;
- mulheres chefes de família: R$ 375 por mês;
- famílias em geral: R$ 250 por mês;
Quem depende do auxílio
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Durante este período boa parte dos moradores de favela fazem parte deste grupo beneficiado pelo auxílio emergencial. A quantia, que já foi de no mínimo R$600, hoje paga pouco mais de R$ 300. E, ainda assim, o valor ajuda diversos moradores, sendo, muita das vezes, a principal fonte de renda.
É o caso de Jaqueline Saraiva, de 45 anos, moradora do Complexo da Penha, Zona Norte da cidade. Ela relata com o alívio com a prorrogação do seu benefício, mas ressalta que falta dignidade. “Vejo de uma forma positiva, porque muitas pessoas não têm ainda a perspectiva de um emprego. Mas não dá para fazer muita coisa, porque as coisas estão muito caras. Esse valor vejo como um “cala a boca”, para eles (Governo) dizer que estão ajudando de alguma forma”.
A falta do benefício na vida de quem precisa
Um outro lado desta jornada do auxílio emergencial são os moradores que deixaram de receber e hoje tem suas rendas comprometidas, dependendo de assistência básica. Moradora do Complexo do Alemão, também na Zona Norte, Mayara Magalhães, de 23 anos, com o esposo, ficaram desempregados durante a pandemia. Tiveram acesso ao benefício início. Porém, ela teve seu auxílio cancelado neste ano.
Perguntada se a ajuda mensal do Governo faz muita falta em sua renda, ela relata como tem sido este período. “Sim, pois eu estou parada. Fui mandada embora da empresa onde eu trabalhava por causa da pandemia, e minha única renda extra era o auxílio emergencial. Mas aí foi cancelado. Só consegui pegar uma parcela que foi a primeira. Meu esposo também ficou desempregado junto comigo. Estamos vivendo de doações. Ele conseguiu continuar pegando o auxílio dele, mas é difícil, pois não dá pra comprar muita coisa. É pouco, mas é melhor o pouco do que nada”.
Sobre os pagamentos
Vale ressaltar que o calendário completo de pagamento ainda será divulgado pela Caixa Econômica Federal, responsável por fazer os pagamentos. Os depósitos são feitos através da conta poupança digital da Caixa, que pode ser movimentada pelo aplicativo Caixa TEM. Já os beneficiários do Bolsa Família, recebem pelo cartão do programa. Existem três canais para consultar se terá direito: Portal da Dataprev, Site da Caixa ou através do telefone 111.