Sabor e qualidade: Tapioca da Ari conquista o Alemão

Localizada na Nova Brasília, Ariane Henrique agrada aos moradores com diferentes recheios

Foto: Matheus Guimarães / Voz das Comunidades

A tapioca caiu no gosto do carioca. Apesar de ser uma comida típica do Nordeste do Brasil, o alimento  veio com tudo para a mesa de brasileiros de todos os cantos. Além disso, vale ressaltar que muitas favelas do Rio são constituídas de moradores de origem nordestina No Complexo do Alemão não poderia ser diferente. A tapioca conquistou os moradores. Uma loja em especial tem feito sucesso na Zona Norte do Rio. Ela fica na Nova Brasília, mas atende quase toda a comunidade. A “Tapioca da Ari” aposta em recheios inovadores e no atendimento de qualidade para conquistar a clientela. 

Ariane Henrique, 34 anos, conta como tudo começou. “Uma amiga minha, que trabalha com tapioca há anos com a família, me chamou para cobrir a licença maternidade dela na feira livre em que ela tinha a barraca de tapioca. Ela me ensinou a fazer e eu comecei a trabalhar. Depois disso, vi que perto de onde eu morava não tinham muitas opções de coisas para comer e resolvi colocar uma barraquinha perto da minha casa. A ‘Tapioca da Ari’ começou assim. Na cozinha da minha casa”. 

Teste 3

Não demorou muito para Ariane perceber que podia ir além. “Lembrei que não tinha ninguém vendendo tapioca na feira das quartas aqui na Nova Brasília. Comecei a trabalhar e o pessoal gostou muito. Diziam: ‘Ah, você tinha que estar aqui todo dia’. Foi então que decidi que eu queria ter uma loja e gostaria que ela fosse por aqui, que o pessoal já me conhecia. Quando surgiu a oportunidade dessa loja onde estou hoje, foi perfeito”.

O poder das redes

Ariane fala que um grande diferencial do seu negócio é o atendimento e, principalmente a interação com o cliente que, muitas vezes, se dá de maneira virtual. “A internet, além do boca a boca, foi o diferencial para podermos crescer. Interagimos muito com os clientes nas redes sociais. Focamos muito no atendimento. No dia das mães distribuímos umas balas, o que não é muito, mas mostra que nos importamos com eles. Focamos na qualidade dos produtos também. Eu faço os mercados, os recheios, tudo com carinho, tudo fresquinho”.

Todo esse cuidado transparece para quem come. Todas as terças, quintas e sábados o veterinário Pierre César, que trabalha na Nova Brasília, uniu o útil ao agradável e almoça na “Tapioca da Ari”. “Eu já comi outras tapiocas da região, mas realmente a tapioca dela é muito boa”. 

Tapioca da Ari
Pierre César é um dos clientes frequentes da Tapioca da Ari
Foto: Matheus Guimarães / Voz das Comunidades

A empreendedora é cria do Complexo do Alemão e futuramente pretende abrir outras lojas, mas sem abandonar a qualidade, nem as comunidades. “Precisamos treinar pessoas que saibam fazer bem, para manter o nosso padrão. O pessoal do Complexo me acolheu bem. Quero abrir em outros lugares, mas sempre pensando em outras favelas”. Além disso, ela conta o segredo de sua tapioca. “Tudo começa pela goma. Compramos no Espírito Santo. Ela está sempre fresquinha. Os recheios também são feitos diariamente. Nossa mercadoria é de qualidade. O segredo acho que são as mãos mesmo. As tapiocas que mais fazem sucesso atualmente são a de kitkat e a de frango. A pessoa também pode montar do jeito que ela quiser. Além disso, fazemos crepioca e temos suco natural”. 

A “Tapioca da Ari” funciona de segunda a sábado, de 7h às 13h e de 16h às 22h. Saiba mais em @tapiocadaari.

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EDITORIAS

PERFIL

Rene Silva

Fundou o jornal Voz das Comunidades no Complexo do Alemão aos 11 anos de idade, um dos maiores veículos de comunicação das favelas cariocas. Trabalhou como roteirista em “Malhação Conectados” em 2011, na novela Salve Jorge em 2012, um dos brasileiros importantes no carregamento da tocha olímpica de Londres 2012, e em 2013 foi consultor do programa Esquenta. Palestrou em Harvard em 2013, contando a experiência de usar o twitter como plataforma de comunicação entre a favela e o poder público. Recebeu o Prêmio Mundial da Juventude, na Índia. Recentemente, foi nomeado como 1 dos 100 negros mais influentes do mundo, pelo trabalho desenvolvido no Brasil, Forbes under 30 e carioca do ano 2020. Diretor e captador de recursos da ONG.

 

 

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