Com 22 anos, cria do Alemão investe em franquia de uma famosa marca nas favelas: Outbêco

Inspirada na rede de restaurantes Outback, jovem empresário Célio Teixeira comenta sobre sua aposta de empreendimento

Foto: Vilma Ribeiro / Voz das Comunidades

Não estava nos planos do empresário Célio Teixeira, de 22 anos, morador do Loteamento da Nova Brasília, localidade do Complexo do Alemão, Zona Norte do Rio, empreender. Antes, o jovem trabalhava como motorista de aplicativo. Mas, devido a este período da pandemia, com baixa nas corridas, resolveu investir em no seu próprio negócio: Outbêco.

“Foi repentino, eu não consultei ninguém. Não contei para os meus pais, pois eu queria fazer uma surpresa. Peguei meu dinheiro guardado, chamei mais uma amigo e investimos na franquia da marca”.

Outbêco
O jovem empreendedor contratou moradores da favela para estar com ele.
Foto: Vilma Ribeiro / Voz das Comunidades

Teste 3

Um mês empreendendo no Complexo da Penha, Célio comemora o retorno que está tendo. Como o local trabalha com delivery, por semana chega a entregar de 100 a 170 costelas, prato que é o carro chefe da marca. Segundo o empresário, a costela e a coxinha de frango são diferenciadas. Ele, embora tenha aberto a franquia na Penha, já adianta que outras favelas podem ganhar um outbêco também.

Outbêco
A costela é o carro chefe da marca e um dos produtos mais pedidos pelos moradores da Penha.
Foto: Vila Ribeiro / Voz das Comunidades

O nome Outbêco é inspirado na famosa rede de restaurantes “Outback”, empresa norte-americana. Os nomes de pratos são iguais àqueles que vêm no cardápio, mas a diferença está no preço mais acessível e serviço de entrega nas favelas. O primeiro Outbêco foi inaugurado em agosto de 2020, onde teve início da filial na comunidade da Pedreira. Agora, já são 40 filiais espalhadas pelas favelas do Rio.

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EDITORIAS

PERFIL

Rene Silva

Fundou o jornal Voz das Comunidades no Complexo do Alemão aos 11 anos de idade, um dos maiores veículos de comunicação das favelas cariocas. Trabalhou como roteirista em “Malhação Conectados” em 2011, na novela Salve Jorge em 2012, um dos brasileiros importantes no carregamento da tocha olímpica de Londres 2012, e em 2013 foi consultor do programa Esquenta. Palestrou em Harvard em 2013, contando a experiência de usar o twitter como plataforma de comunicação entre a favela e o poder público. Recebeu o Prêmio Mundial da Juventude, na Índia. Recentemente, foi nomeado como 1 dos 100 negros mais influentes do mundo, pelo trabalho desenvolvido no Brasil, Forbes under 30 e carioca do ano 2020. Diretor e captador de recursos da ONG.

 

 

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