Em casa, moradora do Alemão cria máscaras personalizadas contra Covid-19

Lurdes de Oliveira Resende empreende em confecção de máscaras personalizadas

Foto: Reprodução

Ao lado do auxílio materno no processo de confecção de máscaras personalizadas para proteção facial contra o coronavírus, Lurdes de Oliveira Resende, de 41 anos, tece produtos de acordo com o estilo e gosto de cada cliente. Atenta aos detalhes solicitados pelos fregueses, Lurdinha (como é mais conhecida pelo bairro) produz desde a parte da costura ao acabamento do item.  

Moradora do Complexo do Alemão, Zona Norte do Rio, Lurdes conta que o empreendimento surgiu através de uma situação incômoda para boa parcela dos brasileiros: o desemprego. Convivendo com a situação de não possuir um vínculo empregatício há um ano, ela decidiu atuar em uma área essencial nesse momento de pandemia.  

Teste 3

“Eu comecei com a venda de máscaras tem uns 3 meses. Como a maioria das vendas é por tema, eu compro de uma empresa a estampa escolhida pelo cliente. Eu pego só a parte da frente estampada da peça e, junto com a minha mãe, a gente faz o corte, coloca o forro, costura, elástico… Enfim, todo o acabamento necessário”, explica.  

Lurdes empreende em máscaras personalizadas no Complexo do Alemão de acordo com o gosto do cliente.
Foto: Reprodução

Para ela, o diferencial do seu produto é na entrega de cada detalhe solicitado pelos clientes. Segundo Lurdes, as demandas acabam direcionando a confecção em diversas áreas populares, como filmes, séries, desenhos, clubes de futebol ou até logo de empresas.  A moradora acrescenta que até vende peças padrões, mas prefere esperar o pedido freguês para atender da melhor forma.   

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EDITORIAS

PERFIL

Rene Silva

Fundou o jornal Voz das Comunidades no Complexo do Alemão aos 11 anos de idade, um dos maiores veículos de comunicação das favelas cariocas. Trabalhou como roteirista em “Malhação Conectados” em 2011, na novela Salve Jorge em 2012, um dos brasileiros importantes no carregamento da tocha olímpica de Londres 2012, e em 2013 foi consultor do programa Esquenta. Palestrou em Harvard em 2013, contando a experiência de usar o twitter como plataforma de comunicação entre a favela e o poder público. Recebeu o Prêmio Mundial da Juventude, na Índia. Recentemente, foi nomeado como 1 dos 100 negros mais influentes do mundo, pelo trabalho desenvolvido no Brasil, Forbes under 30 e carioca do ano 2020. Diretor e captador de recursos da ONG.

 

 

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