Foto: Melissa Cannabrava / Voz das Comunidades
No aniversário de 456 anos da cidade, um dos símbolos do Rio de Janeiro é o carioca, mais especificamente o morador da favela. Muitos esquecem, mas a capital do estado é a casa da primeira favela do Brasil, o Morro da Providência, que fica no bairro da Gamboa, na Zona Central da cidade.
No dia 1° de março de 1565, Estácio fundou a cidade do Rio de Janeiro. Esta fundação estava relacionada à luta entre portugueses e franceses pelo domínio daquela região. Anos depois, o Rio se tornou capital da colônia portuguesa em 1763. Em 1808, virou a sede de todo o império português. Com essa mudança, passou a ser tomada por construções e reformas que visavam a modernização de sua arquitetura. No decorrer deste processo de reformas, mais exatamente em 1890, inúmeras pessoas no centro da cidade, que moravam em cortiços, foram lamentavelmente expulsas do local.
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Este acidente geográfico se intensificou a partir de uma promessa que o governo fez aos soldados do Rio de Janeiro, enviados à Guerra de Canudos, que consistia em entregar a eles residências, caso saíssem vitoriosos da batalha. Ao retornarem ao Rio em 1897 e verem o combinado não ser cumprido, os soldados se apropriaram de uma região de morro. Dessa maneira, surgiu o termo favela.
Com isso, seus primeiros moradores ganharam a companhia de ex-soldados e batizaram o espaço como Morro da Favela, fazendo referência a um outro de mesmo nome que já existia lá em Canudos, na Bahia. No entanto, nessa época, o Morro da Providência não se chamava assim. A região era conhecida como “Livramento”. No entanto, o apelido dos novos moradores pegou.
O Morro da Providência é atualmente espaço de referências artísticas e culturais. Toda a história que essa região tem o com o samba e outros gêneros musicais de resistência, que se fortaleceu aos pés de suas ladeiras e escadarias, é cheia de riquezas. Movimentos culturais, como a Casa Amarela e o tradicional Rolé dos Favelados, tornam desse território um espaço único na cidade maravilhosa.