A luta pela educação popular do Só Cria, Pré-vestibular comunitário da Rocinha

Criado em 2019 o objetivo do pré e ir além da sala de aula, executando diversas ações sociais para dar suporte aos seus estudantes: como entregas de cestas básicas e apoio psicológico
Créditos - Divulgação

Foto: Reprodução

O projeto Só Cria busca encaminhar através da educação o acesso de jovens e adultos da favela da Rocinha, Zona Sul do Rio, para o meio acadêmico, universidades, com a existência do pré-vestibular social.

Criado em 2019, o objetivo do pré é não só fazer o seu papel, como também ir além da sala de aula, executando diversas ações sociais para dar suporte aos seus estudantes. Como, por exemplo, entregas de cestas básicas e apoio psicológico. Mas, isso só é possível graças a ajuda de voluntários e movimentos que somam na luta pela educação.

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“Para esse ano, além de continuarmos com o acolhimento psicossocial dos estudantes e darmos continuidade no ensino remoto emergencial, também pensamos em desenvolver outras ações. Como, a inauguração do nosso espaço e de uma biblioteca, pensando, claro, nas medidas que precisarão ser seguidas por conta da pandemia”, relata Caio Oliveira, coordenador de comunicação do projeto.

Criado em 2019 o objetivo do pré e ir além da sala de aula, executando diversas ações sociais para dar suporte aos seus estudantes.
Foto: Divulgação

Com a pandemia, ficou inviável ter um ensino e acompanhamento desses jovens em sua totalidade. Isso por conta de toda desigualdade social que a Covid-19 deixou latente. E, agora em 2021, o impacto que o vírus deixou na educação, principalmente para os alunos que moram nesses territórios, deixa um grande desafio para os coordenadores do projeto: manter a manutenção do Centro Comunitário na Casa da Paz e de suas atividades curriculares e extra-curriculares.

A fim de que o projeto dê continuidade ao seus trabalhos, foi lançada uma vaquinha para ajudar na manutenção do espaço físico (que fica na favela da Rocinha), por meio do pagamento do aluguel do Centro Comunitário na Casa da Paz. Esse abriga outros projetos relacionados à educação, como: Escola de MCs da Rocinha, o Curso Técnico de Manutenção de Computadores e Celulares, o Curso de Arte com a professora e artista Marcela Cantuária. Além disso, há um também que diz respeito à criação de uma biblioteca comunitária de livre acesso aos moradores locais. Todos os projetos citados dependem da existência desse espaço que, segundo os coordenadores, tem sido um refúgio para os sonhos e lutas.

“Em meio ao aprofundamento das desigualdades sociais, apostar na educação popular é possibilitar um futuro de esperança e possibilidade de acesso à universidade e educação para os nossos estudantes”, diz Caio Oliveira também.

O projeto precisa fazer o pagamento do aluguel do Centro Comunitário na Casa da Paz, que abriga outros projetos de educação.
Foto: divulgação

O Só Cria conta com a ajuda de pessoas bem intencionadas, para fortalecer e possibilitar a continuação do projeto. Assim, com o propósito de acesso à educação na favela, o pré-vestibular torna a aprendizagem e o conhecimento mais próximo daqueles que precisam.

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EDITORIAS

PERFIL

Rene Silva

Fundou o jornal Voz das Comunidades no Complexo do Alemão aos 11 anos de idade, um dos maiores veículos de comunicação das favelas cariocas. Trabalhou como roteirista em “Malhação Conectados” em 2011, na novela Salve Jorge em 2012, um dos brasileiros importantes no carregamento da tocha olímpica de Londres 2012, e em 2013 foi consultor do programa Esquenta. Palestrou em Harvard em 2013, contando a experiência de usar o twitter como plataforma de comunicação entre a favela e o poder público. Recebeu o Prêmio Mundial da Juventude, na Índia. Recentemente, foi nomeado como 1 dos 100 negros mais influentes do mundo, pelo trabalho desenvolvido no Brasil, Forbes under 30 e carioca do ano 2020. Diretor e captador de recursos da ONG.

 

 

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