Larissa Cazé, de 22 anos, moradora da Vila Cruzeiro, Zona Norte do Rio, tem um vinculo muito forte com a arte. A atriz, que estuda na Escola Técnica Estadual de Teatro Martins Pena, divide seu tempo entre dar aulas no grupo Teatro da Lage, aulas complementares de teatro na Escola Bernardo de Vasconcelos, na Vila Cruzeiro, e escrever. A jovem ama experimentar e viver de arte e, desde de criança, foi introduzida ao universo da literatura.
Desde pequena, a atriz sempre teve acesso aos livros, seja por meio de presentes dos pais e parentes, seja por pesquisas na biblioteca. Então, dentro do universo literário, Larissa encontrou a paixão pela arte e gosto pela leitura. “A escola, onde eu estudava, incentivava os alunos a ler. Tinha sala de leitura e prova de redação. A gente ganhava pontos a cada livro lido na biblioteca. Era muito bacana isso”, conta a jovem.
A inspiração para o livro
Vendo a necessidade de incentivar outras crianças ao hábito da leitura, Larissa começou a escrever seu primeiro livro, Heroína da Favela. Nele, ela quis mostrar que o ato de heroísmo está no nosso dia a dia. Que qualquer um pode ser herói, fazendo seu papel de cidadão. Larissa traz como protagonista uma heroína, criança, negra e favelada, a fim de que outras crianças se identifiquem.
Teste 3
“O livro nasceu de uma forma despretensiosa, pois eu comecei a pensar numa protagonista negra e não me recordava de uma heroína com esta característica, criança, negra, favelada. Eu não queria puxar para questões raciais, e sim de cidadania mesmo, mostrando que cada um pode ser um herói, ajudando o seu próximo”, diz.
Larissa o escreveu, mas deixou engavetado. Entretanto, com a pandemia a moça percebeu a necessidade de tirar o sonho da gaveta e pediu ajuda para a amiga, Gabrielle Lobato, responsável pela ilustração do livro.
A jovem, contudo, ainda não conseguiu publicar a obra. Dessa forma, está fazendo uma vaquinha on-line para conseguir publicá-lo. “Meu objetivo é que o meu livro seja acessível a todos”, disse ela. A escritora tem como objetivo que os moradores consumam cada vez mais coisas que são produzidas na favela e que seu livro seja o primeiro de muito outros que ainda pretende lançar.