São Paulo, Brasília, Belo Horizonte, Paris, Berlim e muitas outras cidades do mundo tiveram mais um final de semana de manifestações contra a violência policial e o genocídio do povo negro e periférico. Neste domingo (07), o movimento antirracista também mobilizou pessoas nas ruas do Centro do Rio de Janeiro e o protesto aconteceu de forma completamente pacífica.
Perto da hora de início, às 15h, os manifestantes começaram a relatar que os policiais estavam apreendendo e proibindo a posse de vidros de álcool em gel, mesmo com a recomendação da própria Polícia Militar de 50ml por pessoa. Além disso, a PM também proibiu o uso de megafone durante o protesto.
O ato foi conduzido de maneira pacífica, apesar da forte presença de policiais, inclusive com a cavalaria da PMERJ. Por volta das 15h50, o ativista Raull Santiago mostrou, via live no Twitter, que os policiais fizeram uma barreira em 360º na praça da Candelária e passaram a revistar todas as pessoas que chegavam para se juntar à manifestação. O ato foi encerrado pouco após às 16h.
Vitória no STF, mas apenas o início
Teste 3
Uma das reivindicações das manifestações no Rio de Janeiro era a proibição da realização de operações policiais durante a pandemia. Na última sexta-feira (05), o ministro Edson Fachin decidiu favoravelmente para este ponto, afirmando que, caso haja operação, existirá pena de responsabilização civil e criminal. Entretanto, não é apenas isso. Os atos reivindicam outras medidas na área da saúde e de segurança: produzir testagem em massa nas favelas do Rio e Baixada Fluminense, criação de fila única para leitos de UTI e enfermagem no SUS, criação de um gabinete de monitoramento do cumprimento da liminar do STF e a aprovação do PL 2568/2020, que destina parte dos equipamentos do governo do estado durante a pandemia.