Projeto Favela orgânica distribui quentinhas saudáveis para moradores da Babilônia

No Morro da Babilônia, localizado nos bairros de Botafogo, Urca, Leme e Copacabana, Projeto Favela Orgânica distribuí quentinhas saudáveis a seus moradores e aos do Chapéu Mangueira, em período de pandemia do coronavírus.

Fundado há quase 10 anos pela ex-empregada doméstica Regina Tchelly, de 38 anos, o projeto vem nos últimos dois meses promovendo ações de distribuição de quentinhas saudáveis a eles. Poucos mais de mil quentinhas foram distribuídas.

“Eu trabalhava como empregada doméstica. Comecei a atuar e me dedicar com o Favela Orgânica. Ainda permaneci um ano trabalhando, mas logo em seguida deixei o emprego para me arriscar e viver o projeto. O principal intuito é ensinar a pessoa a ter melhores práticas de alimentação e também para melhor plantar, cultivar as coisas naturais , e que o morador pode sim ter condições de se alimentar de uma comida saudável, e pôr em ação estas práticas. Tanto que a única exigência que fazemos nas ações de entrega das marmitas é esta: dar sequência a tudo isso”, disse Regina Tchelly, fundadora do Favela Orgânica.

Teste 3

O projeto hoje possui de cerca de 15 participantes e tem como finalidade modificar a relação entre os moradores com os alimentos, evitar ao máximo o desperdício, buscando sempre cuidar do meio ambiente e combater a fome de forma prática. A partir do Ciclo do Alimento, atualmente tem sido distribuídas em média 400 quentinhas por ação, sempre no horário do almoço, mirando chegar a 600 unidades; ao mesmo tempo, preocupa-se em promover o consumo consciente, compostagem caseira, hortas em pequenos espaços e gastronomia alternativa, que é o aproveitamento total dos alimentos.

No ato de entrega das marmitas, além da comida, os moradores recebem também a receita e dicas de preparo de pratos, mudas de plantas para hortas, kits de chá, tudo com o intuito de dar sequência a essas medidas de consumo consciente.

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EDITORIAS

PERFIL

Rene Silva

Fundou o jornal Voz das Comunidades no Complexo do Alemão aos 11 anos de idade, um dos maiores veículos de comunicação das favelas cariocas. Trabalhou como roteirista em “Malhação Conectados” em 2011, na novela Salve Jorge em 2012, um dos brasileiros importantes no carregamento da tocha olímpica de Londres 2012, e em 2013 foi consultor do programa Esquenta. Palestrou em Harvard em 2013, contando a experiência de usar o twitter como plataforma de comunicação entre a favela e o poder público. Recebeu o Prêmio Mundial da Juventude, na Índia. Recentemente, foi nomeado como 1 dos 100 negros mais influentes do mundo, pelo trabalho desenvolvido no Brasil, Forbes under 30 e carioca do ano 2020. Diretor e captador de recursos da ONG.

 

 

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