Foi entregue nesta terça-feira à Justiça após investigações, a confirmação de que um Policial Militar lotado na Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) do Morro da Fazendinha assassinou a menina Ágatha Vitória Sales Félix, de 8 anos, no dia 20 de setembro. O inquérito da Polícia Civil aponta um “erro de execução” e diz que o objetivo era dar um “tiro de advertência” após o militar confundir uma esquadria de janela em alumínio que dois moradores carregavam na moto.
De acordo com o Jornal Extra, um relatório do Instituto de Criminalista Carlos Éboli (ICCE), entregue à Delegacia de Homicídios da capital (DH), apontou que um fragmento de projétil encontrado no corpo de Ágatha tinha ranhuras idênticas à do cano do fuzil usado pelo PM. Em entrevista, um tio de menina afirmou que todos já sabiam da origem do disparo e que agora vão lutar para que o militar seja condenado.
Relembre o caso
A estudante Ágatha Vitória Sales Félix, de apenas 8 anos não resistiu ao ferimento e morreu na madrugada do dia 20 de setembro, após ser alvejada com um tiro nas costas dentro de uma kombi. Ágatha chegava com a família na comunidade quando um Policial Militar da UPP Fazendinha atirou contra uma moto na região por volta das 21:30 da noite, atingindo a menina.
Ágatha foi encaminhada para o Hospital Estadual Getúlio Vargas, na Penha, e morreu no centro cirúrgico. No início da manhã do dia 21, após o falecimento da estudante, novos disparos foram ouvidos na localidade.
Com a confirmação da morte de Ágatha, uma manifestação pacífica iniciou na entrada da Grota e centenas de moradores do Complexo do Alemão, ONGS, Coletivos e representantes locais seguiram até a Fazendinha, onde vive a família. Com palavras cheias de indignação, a ativista Renata Trajano do Coletivo Papo Reto, representou a comunidade com um desabafo que emocionou todos que estavam presentes.
Teste 3
O enterro da menina aconteceu no dia 22 de setembro e a tragédia causou grande comoção. Um cortejo seguiu da UPA da Estrada do Itararé desde às 13h, e percorreu cerca de 4 Km até o Cemitério de Inhaúma, onde foi velado o corpo da criança. Ágatha estudava balé, inglês e é a 5° criança morta no Complexo do Alemão e o 16° caso de crianças baleadas no Estado do Rio de Janeiro em 2019.