Aconteceu na tarde deste domingo, 22 de setembro de 2019, o enterro da menina Ágatha Félix, morta após ser baleada nas costas na noite da última sexta-feira (20), na comunidade Fazendinha. Uma manifestação deu início ao cortejo, reunindo centenas de moradores do Complexo do Alemão em frente ao UPA da Estrada do Itararé desde às 13h, que percorreram cerca de 4 Km até o Cemitério de Inhaúma, onde foi velado o corpo da criança.
Inconformados com a morte da filha, os pais de Ágatha se recusaram dar entrevistas e também negaram a ajuda de custo oferecida pelo Governo do Rio, para arcar com as despesas do sepultamento.
Durante o velório, o motorista que dirigia a kombi onde a criança estava quando foi baleada se exaltou e inconformado, criticou a atuação da polícia militar na favela. “Mataram uma criança! É tudo covarde!”, gritou no meio da rua antes de ser amparados por populares.
Teste 3
Com balões e faixas, a família, professores, vizinhos e amigos enterraram Ágatha às 16h, em meio de muita emoção, palavras de ordem e aplausos. Até o momento, o governador Wilson Witzel ainda não se pronunciou sobre o caso. Ágatha estudava balé, inglês e é a 5° criança morta no Complexo do Alemão esse ano.
De acordo com pesquisa do laboratório de dados Fogo Cruzado, esse é o 16° caso de crianças baleadas no Estado do Rio de Janeiro em 2019, entre elas está Luane Cristine Machado Batista, de 7 anos, ferida por uma bala perdida na Vila Cruzeiro, no Complexo da Penha no fim do mês passado.