Watergate e a manutenção do poder

Há exatos 42 anos ocorria à renúncia do presidente Nixon. Em meio a um caos político que se alastrou pela Casa Branca e pelas esquinas de Washington, Nixon decidiu renunciar antes que sofresse com o resultado do processo de impeachment que havia sido instaurado contra ele. Sem maioria no Congresso, o presidente decidiu sair ante a iminência de uma vergonha maior.

Olhando a historia de Nixon, necessário se faz observar um aspecto interessante na política: o que os agentes políticos fazem para se manter no poder, ou basicamente, a manutenção do poder. Poder corrompe? Não sei, mas posso dizer que seduz tal quais as sereias de Ulisses, e você acaba ficando obcecado em mantê-lo. Ou ter mais. A capacidade de ter milhões sob a sua mão atrai desde o religioso ao político. Não é de se deixar notar a crescente manipulação de agentes para a alçada do poder. Fascina, sim, muito. Mas é um perigo nas mãos de quem não sabe usá-la. Trazendo para o nosso contexto debatido, talvez quando Nixon se tornou o maior líder do mundo em uma época voraz como a Guerra Fria, ele tenha deixado a paranóia percorrer seus corredores mentais a ponto de ver inimigo aonde não existia.

O erro de Nixon foi pensar que seu poder era ilimitado. Eterno. Imune a justiça. Seu erro foi pensar que não ele não deixaria pistas. Mas deixou. E incrivelmente, foram dois jovens jornalistas quem descobriram tudo. Foi a sagacidade jovem contra a arrogância madura. E no final o mais intrépido venceu.

Teste 3

Nixon morreu em 1994. Lutou em duas décadas para afastar seu nome do escândalo Watergate. Já o hotel que atende ao mesmo nome supracitado já não possui mais o glamour de outrora, embora seus proprietários estejam em busca de revitalizar seu apagado sucesso. Watergate e Nixon: duas palavras em comum e atreladas para sempre na historia.

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EDITORIAS

PERFIL

Rene Silva

Fundou o jornal Voz das Comunidades no Complexo do Alemão aos 11 anos de idade, um dos maiores veículos de comunicação das favelas cariocas. Trabalhou como roteirista em “Malhação Conectados” em 2011, na novela Salve Jorge em 2012, um dos brasileiros importantes no carregamento da tocha olímpica de Londres 2012, e em 2013 foi consultor do programa Esquenta. Palestrou em Harvard em 2013, contando a experiência de usar o twitter como plataforma de comunicação entre a favela e o poder público. Recebeu o Prêmio Mundial da Juventude, na Índia. Recentemente, foi nomeado como 1 dos 100 negros mais influentes do mundo, pelo trabalho desenvolvido no Brasil, Forbes under 30 e carioca do ano 2020. Diretor e captador de recursos da ONG.

 

 

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